Quinta-feira, 30 de Abril de 2009

TIRAR O 12º ANO

Acabei de ver, há pouco, na SIC, o senhor João André, de 85 anos, a ser cumprimentado e parabenizado, como dizem os brasileiros, pelo 1º ministro e pela ministra da educação. A razão: acabou de fazer o 12º ano nas chamadas «Novas Oportunidades». Bravo! Porquê? Sobretudo porque se trata de um homem desta idade - nunca se é velho para aprender, e é um bom exemplo para os novos. Quanto ao resto, que há a dizer? Muito simplesmente: O aparato televisivo em que aparecem o nosso primeiro e a ministra é um puro acto de propaganda. mais nada.

Depois, o senhor André foi entrevistado pelo Mário Crespo,e só não fiquei a saber uma coisa: quantos anos demorou a tirar o curso que lhe dá acesso á Universidde. Era uma boa pergunta para ignorantes, como eu, que tinha a obrigação de saber, quantos anos são precisos para fazer o 12º ano por esta 'via rápida'. A minha ignorância tem a certeza duma coisa: não demorou doze anos a tirar, como para qualquer aluno jovem. Talvez não erra se disser que o senhor André, e mais milhares de Andréses, tirou o 12º ano num só ano. E, possivelmente, o exame devia ser muito fácil. Porque a ideia do governo não é que os 'novos oportunistas' aprendam seja ao que for, mas tirarem o 12º, para as estatísticas. Ou estarei eu errado?

Eu não tiro o mérito ao senhor André e sei que  não vai tirar emprego a ninguém com semelhantes habilitações. Mas bom seria que esta habilitação fizesse subir o nível de literacia do país.

*

 

publicado por argon às 22:19
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Quarta-feira, 29 de Abril de 2009

ANÁLISE ECONÓMICA

Ainda na sequência do meu bloge anterior, vem a propósito referir para onde vai o nosso dinheirinho se continuarmos a ser clientes das multinacionais, e não só.

Reparem só, a título de exemplos:

Se gastarmos o dinheiro recebido do IRS na Zara, o dinheiro vai todo para a China. Se o gastarmos em combustível, ele vai direitinho para os árabes. Se comprarmos um computador, o dinheiro irá para a Índia, China, Taiwan ou Formosa. Se comprarmos produtos hortícolas, o dinheiro vai para Espanha, França ou Holanda. Se comprarmos um bom carro, o destino do nossso dinheirinho será a Alemanha. Se comprarmos artigos de luxo, o dinheiro irá para a França.

E isso porquê? Por causa da globalização. Mas os produtos hortícolas, o trigo, a fruta, etc.  temos que os comprar ao estrangeiro porque a CE deu dinheiro aos agricultores, se não teve outros fins diferentes do desejo do doador, para não produzirem. Daí o facto de termos muitas terras mas ao abandono, por cultivar.

Pois se o programa do CREN (?) nunca é utilizado na íntegra pelo nosso ministro da Agricultura! E termos ministro da Agricultura, para quê, se não há agricultura!?!

*                                                  

publicado por argon às 19:42
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A BONDADE DESTE GOVERNO, ISTO É, DO FISCO

A notícia vem na Internet e nos jornais: «O Fisco devolve 515,8 milhões de euros aos contribuintes». A notícia, posta a correr nestes termos, dá a ideia que temos um governo bonzinho, que só quer o bem dos contribuintes. Vejam só este gesto tão carinhoso, tão pronto e tão atempado!

No entanto, este gesto não merece foguetes, nem o mais leve aceno de agradecimento ou simpatia. Eu também era capaz de dar tão avultada soma se a tivesse e não fosse minha. Só que, se eu a tivesse e não fosse minha, levava com um processo em cima, era julgado, pagava uma grande multa e ia preso. O Estado, que é boa pessoas, não tem que sofrer nada. por se ter aboletado com esta soma e muito mais, dinheiro que não era, não foi, nen nunca será dele. Porque, se fosse dele, não o dava assim, de mão beijada, como quer fazer crer. E a agravante para os nossos interesses é que está lá com esse dinheirame e muito mais e não paga juros. Essa é que é essa.

Já viram maior desfaçatez?

 

publicado por argon às 19:22
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PEDAGOGIA DA CRISE

 

 
Ao contrário do que é habitual na maior parte dos casos, conhecem-se as causas profundas da crise actual e os culpados. Ela nasce do apetite desenfreado dos agentes económicos, especialmente financeiros, levados pela obsessão do lucro, através de meios fraudulentos, servindo-se do crédito fácil e sem garantias reais a empresas e pessoas, criando a ilusão de ausência de riscos, fiados no crescimento acelerado e perpétuo da economia mundial. Ajudaram, também, à ‘festa’ os políticos, os técnicos e os jornalistas dando-lhes estes cobertura legal e mediática.
Por outro lado, a derrocada financeira teria sido evitada se os chamados reguladores que exercem a função de supervisão do sistema financeiro não se tivessem demitido das suas funções fiscalizadoras e, em alguns casos, não tivessem pactuado, fiados na auto-regulação dos mercados, com esses insaciáveis predadores, dando origem a mercados financeiros liberalizados sem regulação própria. Daí o facto de haver «bancos que não são bancos», era o «sistema bancário paralelo» ou o sistema de «bancos-sombra» que proliferaram, ao abrigo de uma ideologia profundamente anti-regulamentação e que assumiram riscos desproporcionados para a sua estrutura de capitais. Por outras palavras: havia ‘bancos’ que não eram bancos, do ponto de vista da regulamentação, mas que, mesmo assim, executavam funções bancárias, mas com escândalos contabilísticos e negócios fraudulentos, de que estamos a pagar a factura. Vejam-se, por exemplo, os casos do BPN e do BPP. Por outro lado, assistiu-se ao endeusamento dos méritos dos gestores de topo de grandes organizações, justificando a criação de sistemas de prémios perversos e obscenos.
Vendo o problema sob outro ângulo, podemos dizer que foi a abolição dos valores de que falou Adam Smith, no século passado, ou seja, a falta de ética e a sobrevalorização dos apetites individuais, que foram o caldo de cultura para o desastre.
O sistema em vigor até aqui tinha, como pilar, um individualismo avassalador. Um sistema onde ninguém era levado a fazer algo em comum. A linguagem quotidiana era esta: a minha família, a minha casa, o meu carro, o meu emprego, o meu salário, numa palavra, o meu ego. Um sistema onde ninguém é levado a construir nada em comum, onde a competição, o acúmulo e a ostentação eram a regra, em detrimento da solidariedade, da justiça, da generosidade, da caridade e da compaixão.
Integrada no sistema, temos sido bombardeados, constantemente, por publicidade, por vezes, agressiva e enganosa, apelando ao consumismo e associando os produtos a um conceito de felicidade.
E o sistema começa com as crianças, essa fatia de mercado que aprende a conjugar o verbo comprar, mas não são incentivadas a cultivar a palavra compartilhar.
Um sistema que desconhece o amor, a entre-ajuda, a solidariedade, o espírito público, pondo de parte o excluído e o necessitado.
Trata-se de um mundo que não tem recursos para promover a educação, a saúde e a justiça, nem para debelar e diminuir a fome mundial, mas que gasta tanto com guerras, conflitos e com a indústria bélica e que se mostra capaz de mobilizar em poucas horas triliões de dólares para socorrer bancos, empresas de montagem e correctoras, para afastar o seu fracasso terminal.
Quem não tem, quer ter; quem tem, quer mais e diz que nunca é suficiente. É a lógica do capitalismo selvagem que tanto incentiva a ostentação, o desperdício e o supérfluo. Veja-se a imagem dos telemóveis descartáveis, quase todos em perfeitas condições de uso. Somente nos EUA, 426 mil aparelhos vão para o lixo, diariamente, trocados por modelos novos. Sem contar com carregadores, baterias e acessórios, a acompanharem esse desperdício.
Resumindo, diremos: foi a obsessão do lucro, sem qualquer espécie de ética, que fez perder a cabeça aos predadores capitalistas que apelam a um consumismo infrene, para obterem lucro, sem olharem a meios, num crescendo de individualismo exacerbado, de falta de respeito pelos outros, baseados numa filosofia economicista, desprezando os valores morais da solidariedade e da partilha de bens.
O mais grave é que «a crise foi provocada pelos ricos e os pobres é que pagam», nas palavras de Lula da Silva, presidente do Brasil.
Por outras palavras: foram os ricos que provocaram o actual PREC (Processo de Roubos em Catadupa) e são os contribuintes que pagam as favas.
Afinal, esquecem-se que, sendo tudo de todos, há que fazer uma melhor e mais equitativa distribuição da riqueza havida e criada, por forma o tornar os ricos menos ricos e os pobres menos pobres, encurtando a distância escandalosa que os separa.
 
Artur Gonçalves
 
Bibliogrfia consultada
Paul Krugman, prémio Nóbel da Economia 2008, O regresso da Economia da Depressão e a Crise Actual
Um novo Paradigma para compreender o Mundo de Hoje, Alain Touraine
De Keynes à Síntese Neo-Clássica, uma análise crítica, Irina Osdchaya
Artigos de Imprensa
 
 
publicado por argon às 12:48
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Sábado, 25 de Abril de 2009

A LIBERDADE E A SEGURANÇA

O Diário de Notícias de hoje publicou mais uma frase que enviei.

 

Eis a frase:

 

É tão difícil o Estado tirar aos ricos, como dar aos pobres. E é tão fácil dar aos ricos, como tirar aos pobres. Basta ir à conta bancária de cada um destes. O que até já foi notícia virá a fazer.

*

Hoje é 25 de Abril. Dia da Liberdade. Aliás, todos os dias são dias da liberdade. Ou deveriam ser. E é tanta a liberdade, que ela colide, às vezes, com a segurança. Há talvez liberdade de mais e segurança de menos.

Isto faz-me lembrar os Estados Unidos da América. Faz-me voltar às eleições em que os americanos votaram em Bush para o seu segundo mandato, contra  Gerry, do partido democrático. Nessa altura, já Bush se tinha envolvido na guerra do Iraque e já se estava numa fase em que a guerra era consideradoa um desastre, do qual dificilmente se poderia sair.

E a pergunta que se põe é a seguinte: Porque é que, nestas condições, os americanos voltaram a votar em Bush? Muitos europeus, sobretudo os que escornam para o lado esquerdo, se votassem, votariam, por certo, em Gerry. E, nesse caso, diríamos que eles consideram os americanos uns parvos, uns inconscientes, uns anti-patrióticos e não sei que mais. Mas aos americanos apresentavam-se duas questões fundamentais: era como se lhes perguntassem: o que é que você, votante, prefere: votar Gerry ou Bush? Os americanos estavam perante duas propostas diferentes: Bush garantia-lhes a segurança e Gerry garantia-lhes a liberdade. Se o meu leitor fosse interrogado sobre que sistema prefereria, certamente escolhia quem lhe garantisse a segurança e não a liberdade. Pois foi o que fizeram os americanos: votaram em Bush apesar de..., porque lhes garantia - e garantiu, a segurança. Na verdade, a América nunca mais foi vítima de ataques terroristas: foi a Espanha e a Inglaterra, sem falar no Paquistão e outros países, incluindo o Iraque, em guerra.

Aqui, em Portugal, talvez houvesse necessidade de não dar tanta liberdade e apertar mais na segurança. O país está perigoso. basta ler os jornais. E isso é o que sabe. E o que não se sabe?

Toos os dias deviam ser dias de segurança, mais do que de liberdade. Julgo, até, que há liberdade a mais.

*

 

 

publicado por argon às 18:06
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Sexta-feira, 24 de Abril de 2009

ATRASO NOS PAGAMENTOS

A notícia veio hoje nos jornais:

 

«Falta de receita atrasa pagamentos» 

Pela primira vez, Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, atrasa pagamentos. .

 

O caso não será de estranhar, apesar de eles só vomitarem milhões. O sector financeiro também só falava em milhões de lucros e aconteceu o que se sabe. Deus não permita que tal aconteça ao  desporto-rei. Mas os donos da bola sabem bem onde está a causa das pretensas dificuldades: no pagamento de cifras escandalosas, direi, mesmo, obscenas aos jogdores e aos treinadores, sem falar nos nomes dos presidentes dos clubes. É um fartar vilangem! Há muitos anos que é assim. Mas agora é pior. Os contratos a jogadores são sempre na casa dos milhões e por quatro ou cinco anos, isto é, a longo termo. Possivelmente, os espectadores já começaram a encolher-se. talvez prefiram ver os jogos na televisão. É mais barato e mais cómodo, embora não tenha aquela emoção que tem no campo. E,assim, aquelas bocarras desabridas, já não podem vociferer impropérios contra o clube adversário, nem contra o árbitro. E talvez deixem de acusar os árbitros como os únicos culpados pelos resultados negativos desta ou daquela equipa. Talvez comecem, também, a convencer-se que os jogadores também têm culpas pelos maus resultados, embora seja a única profissão que não penaliza a falta de qualidade ou a deficente prestação (dos jogadores).

*

publicado por argon às 17:30
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UMA FRASE INFELIZCÍSSIMA

«A descolonização foi óptima, foi feita num tempo recorde que admirou muitos países que fizeram descolonizações, como os franceses».

Quem assina esta frase?

Mário Soares. E foi pronunciada perante alunos e docentes do ISCSP, no encarramento das Jornadas de Ciência Política promovidas pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, a propósito do 25 de Abril de 1974 com o título: «25 de Abril: Ruptura ou evolução na continuidade?»

 

Se Mário Soares estivesse no seu perfeito juízo, não teria nunca proferido uma frase destas. Porque toda a a gente sabe que a descolonização portuguesa foi a vergonha das vergonhas. Onde é que já se viu, um país mandar sair toda a tropa, deixar as populações brancas sem defesa e entregue a todas as violências acumuladas de ódios de muitos anos, e acontecer o que depois aconteceu, com as perseguições, mortes e o êxodo de quase todos os portugueses brancos e muitos de cor, de mãos a abanar e a provocarem o caos em Portugal, porque este país não estava preparado para receber tanta gente?

Não há duvida nenhuma que a pressa é inimiga da perfeição. Eu estava em Silva Porto em 1975 e um médico amigo e meu conterrâneo, bem omo a esposa, também médica no mesmo hospital, foram mandados regressar a Portugal em Março, tendo deixado o hospital sem um médico! E no resto de Angola teria sido assim.

Por a frase de Mário Soares ser falsa e mentirosa, não tardou a reacção na Internet com 63 comentários (até ao fecho de admissão de comentários) e 2433 visitas. No momento em que escrevo, não sei quantas visitas, mas, certamente, muitas mais.

 

Eia o último comentário:

«Tudo foi óptimo, bochchas desavergonhado. É triste que um filho da mãe anti-português como tu tenha conseguido viver em paz» (Kalvin, em 2009-23 21:40:45).

 

Eis o primeiro comentário:

«Pronto! O Marocas está finalmente gagá. Alguém interne este homem. (José Duarte, em 2009-04-2316:18:51)».

 

Nunca li tantos comentáios a descarregar ódio indisfarçável sobre um homem, como neste caso. Chovem os adjectivos invectivantes a arrasarem o homem que pronunciou esta frase de uma irresponsabilidade tremenda. Ele, Soares, não mediu as palavras, nem reparou que, com semelhante afirmação, ia ultrajar muitos portugueses. As feridas ainda estão muito expostas.

 

Um diz: «... ele devia ter vergonha da obra produzida»

Outro afirma:

«Este senhor está mesmo fora de prazo. Ao menos, tenha respeito pelos milhares de mortes causadas pela «óptima descolonização».

E a procissão de invectivas prossegue:

«Está mesmo senil... É preciso descaramento... É preciso não ter um pingo de vergonha... » «É preciso descaramento ...

<Já que não morres, mata-te! Portugal precisa deste espaço...»

«Para o que dá a senilidade! ... »

«Este palhaço artista de circo ...»

«rande filho da P. uta! palhaço sem vergonha nas fuças! ...»

«A descolonização foi óptima só para este pançudo...»

« Morre tanta gente que faz cá falta...»

«Foi feita em tempo recorde porque não se tratou de descolonização, mas de capitulação....» «O velho ou está cheché, ou tem uma lata do caraças.! ...»

No entanto, este homem que acusam de ter dado o que não era dele, de ter feito uma colonização de retirada vergonhosa, continua a mandar bocas e a escrever nos jornais e a dar conferências. E é tido por um grande senhor e é assim que ele se passeia e dita sentenças, convencido que fez uma grande coisa, entregando, como entregou, as ex-colónias.

 

E vem a popósito inserir aqui uma frase que enviei par o Diário d Notícias que diz assim:

 

« A Guiné-Bissau é um país cada vez mais inviável, dependente da caridade internacional e que, para poder sobreviver, se dedica, agora, ao narcotráfico. Para que andaram os cabecilhas caboverdianos a combater-nos? Diziam que para o país se tornar independente! Mas que independência? Há quem defenda que teria sido melhor a Guiné ter optado por um estatuto como o da Madeira e Açores».

 

Foi esta mais uma vergonhosa descolonização de Mário Soares. Que veja, no caso da Guiné-Bissau a bonita coisa que arranjou! Se pensasse um bocadinho, não andava para aí a dizer disparates afrontosos para os portugueses e para os da Guiné-Bissau, onde se cumpriu a frase que diz que as revoluções devoram sempre os seus promotores. Veja-se o caso de Amílcar Cabral e Nino Vieira na Guiné, Samora Machel, em Moçambique, de Lumumba, no Congo, de Savimbi, em Angola, e tantos outros.

As palavras de Mario Soares vieram na pior altura: por um lado, estamos em crise acentuada; por outro, estamos nas vésperas do 25 de Abril que tem dado muito que falar e continuará, cada vez mais.

A concluir direi: releia-se a frase de Mário Soares e corrija-se:

 

onde se lê:                                                                         Leia-se

 

A descolonização foi óptima                      A descolonização foi péssima

 

Conclusão:

dos 63 comentários não há um único que concorde com o optimismo soarense. E, a partir daqui, temos que concluir que ele não tem razão. E deve rever a sua posição que não passa de uma miragem ou mistificação. Isto leva-nos a concluir que o homem vive num outro mundo, num mundo irreal, o que mostra a sua fragilidade mental ou o seu estado senil, como alguns dizem que, para seu bem, deve disfarçar, abstendo-se de continuar a mandar bocas por aí, a torto e a direito.

*

publicado por argon às 11:39
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Quinta-feira, 16 de Abril de 2009

UMA FRASE REJEITADA

 

Depois de mais de uma dúzia de frases recebidas e e publicadas pelo D. N., eis que aconteceu o que eu já previa: que viesse a escrever uma frase que não seria publicada, por não ser do agrado do D. N.

Não há mal nenhum por isso. O Sol continua a nascer e a pôr-se todos os dias. Nem eu estou melidrado com isso.

 

A frase que foi rejeitada pelo Diário de Notícias:

 

 

«Vamos  supor que Cavaco é Mário Soares e Sócrates é Cavaco Silva. Acham que Soares se mantéria mudo e quedo, como agora Cavaco, face ao caso Freeport?»

 

Quem não se lembra das judiarias que Mário Soares fez a Cavaco, enquanto este esteve como Primeiro-Ministro, com um governo de maioria?

Lembram-se do bloqueio na Ponte 25 de Abril, a popósito do qual Mário disse alto e bom som que «os portugueses têm direito à indignação»?

Lembram-se das presidências abertas que Mário Soares fazia, na sua qualidade de Presidente da República, acompanhado do seu séquito e de uma data de jornalistas, visitando, apenas, as misérias do país, para as atirar à cara de Cavaco, como se ele fosse o culpado pelo atraso de Portugal?

Foi um tempo ominoso este, em que ninguém discutia se Soares ultrapassava ou não o poder das funções consagradas na Constituição, como fizeram os esqerdistas com Cavaco Silva, no início do seu mandato, para o denegrirem e tentarem manietá-lo.

Lembram-se de Sampaio, também PS, que esfregou as mãos de contente quando viu o PSD avançar com o nome de Santana Lopes para Primeiro-Ministro? E esfregou as mãos de contente, porquê? Porque o PS, não tendo, ainda, presidente, esperava que o Congresso do Ps aprovasse um secretário-Geral, como veio a acontecer, - foi Sócrates, para começar a avançar com a dissolução da Assembleia da República, apesar de ter maioria PSD, e demitir Santana, após muitas asneiras e incompetências que nunca justificariam a dissolução da A.R. Mas, agora, Sampaio já pode demitir Santana, porque o PS já tem um secretário Geral.

E foi o que aconteceu, com pasmo das cabeças bem pensantes do país e do mudo silêncio do PSD. E aconteceu o que se sabe, depis disso tudo!

*

 

 

publicado por argon às 15:57
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Quarta-feira, 1 de Abril de 2009

A PROPÓSITO DE CADEIRAS PARA BÉBÉS

Hoje recebi um telefonema para dizer se podia ir buscar o meu neto, de dois anos e meio, ao Infantário. E fui. Quando cheguei ao Infantário, que dista 12 quilómetros para cada lado, reparei que não tinha levado a cadeirinha para o sentar no banco de trás. E pensei para comigo: não tenho volta a dar-lhe. Se a polícia me aparece, não tenho alternativa: tenho que pagar a mula.

Meti-o no banco de trás e apertei-o com o cinto, como se fosse um adulto. E não é que ele ficou preso, tal qual como um adulto? Com isto, quero dizer: que ideia passou pela cabeça de cabeças tão bem pensantes que obrigam uma criança a ir menos protegida do que um adulto? Por outras palavras: sendo que a criança vai com toda a segurança, com o cinto apertado, qual foi a intenção para obrigar os pais a usar uma cadeirinha? Não vejo outro motivo senão, a hipótese de haver alguém na família do inventor da ideia e daquelas luminárias que tinham interesses inconfessados na medida. Afinal, isto só vem beneficiar as emprsas construtoras de cadeiras. É mais um modo de sacar a massa aos pobres pais. Isto é um abuso que não se enquadra numa democracia, mas numa teocracia. Já repararam que nunca houve nenhum governo, desde D. Afonso Henriques, que vele tanto pela nossa santa saudinha como este? É o governo a fazer a apologia da sociedade de consumo. Já repararam porque é que nós somos uns pobretanas, os mais pobretanas da Europa? Mas com ares de novos-ricos!

A concluir, direi: vamos a supor que tinha aparecido a polícia. Com certeza seria multado. As multas são mesmo a doer! (Nos comboios da CP. quem viaje sem ilhete e for apanhado, paga a multa de 100 euros sobre o preço do bilhete!!!) E a pergunta que se põe é esta: teria sido multado porque havia o perigo de deixar fugir a criasnça do lugar do assento em que estava? Ela ia apertada com o cinto de segurança como vão os adultos! Sabemos que o bebé sentado na cadeira não vai mais seguro. Está provado que as autoridades o que pretendem é que os pais comprem a cadeira, mais nada! É um novo-riquismo, claro!

Assim vai este pobre e desmiolado país!!!

*

publicado por argon às 23:04
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SMS DN

Há um certo tempo que eu não voltava à colaboração com o Diário de Notícias. Mas não pensem que me estou vangloriando querendo dar a entender que mando algum artigo ou alguma crónica que eles publicam. Porque, não sendo um jornalista do quadro ou colaborador habitual do Jornal, essa possibilide está posta de parte. Por outro lado, quem sou eu para me medir com esses jornalistas ou formadores de opinião? Eu sou e serei sempre um desilustre desconhecido. Ainda se fosse do jet set ou oito, ou que tivesse alguma vez o meu nome aparecido nalgma revista cor de rosa, algum futebolista, por mais modesto que fosse, ou algum senhor da TV, estava certo. Quase direi que não precisava de mostarr o meu jeito para a escrita, ou mostrar que tenho algumas ideias luminosas.

Aconteceu, por acaso, mandar ontem uma pequena frase par ao Diário de Notícias. Ela já me estava fazendo cócegas há vários dias. Então, hoje, estava com uma certa curiosidade em saber se ela seria publicada, ou não. Eu nunca posso afirmar que será publicada. Mas há sempre uma esperança. Saí a tomar um café e, como de costume, armado com o jornal do dia na mão. Abro o jornal para saber se a frase fora ou não publicada. E reparo que não foi. E reparei noutra coisa: lendo as frases da secção, concluí que eram muito pobrezinhas, muiop fracas de ideia e de conteúdo. Não vem mal pelo facto de a minha frase não ser publicada, pensei. Mas quando ia a começar a ler, eis que reparo que o jornal era de ontem. O de hoje tinha ficado em casa: tinha sido trocado pelo de ontem E o texto que, afinal, se resume a uma frase muito curta, é como segue:

 

ARTUR GONÇALVES, SINTRA

A corrupção e o súbito enriquecimento ilícito não é crime, é política.

 

Por uma mera coincidência, hoje é dia 1, dia das mentiras. A frase vem mesmo a propósito e em cima do acontecimento. Muito se tem falado nestes dias de corrupção e de enriquecimnto. Aliás foi por estas duas obsessões que todos estamos a sofrê-las hoje, com uma crise danada. Porque muitos especuladores queriam enriquecer e ter lucros colossais e súbitos. Passando por cima de todas as regras e d todas as éticas que mandaram para as ortigas. E os Constancioas? Estes estavam a dormir ou coniventes com os especuladores! Elew fizeram os crimes e nós estamos todos a p+agar vpor eles. A maior injustiça! E alguns, bem nossos conhecidos, cotinuam à solta e a falar grosso!

*

 

 

publicado por argon às 15:34
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