Sábado, 29 de Agosto de 2009

O ESCÂNDALO DAS DESPESAS DOS PARTIDOS

Já li duas versões: uma diz que os partidos vão gastar (arder) 75 milhões de euros; outra, que 91 milhões em propaganda eleitoral. Não digo que é muito, nem pouco. É muitérrimo. Num momento e num país de tanga, como é o nosso. É mais do que um escândalo. São dez milhões de escândalos - dá um para cada habitante do país. É preciso não ter vergonha nenhuma que eles, oa partidos, nunca a tiveram.

Eu pergunto para que serve gastarem tantos milhões em cartazes que ninguém lê e que pretendem transmitir uma mensagem que é uma agressão aos portugueses, quando não é uma mensagem contra este ou aquele partido adversário. Os slogans são de uma pobreza franciscana e não elucidam nada os eleitores. São, apenas, instrumentos de vaidade, mais nada!

Os partidos pensam. erradamente, que quanto mais dinheiro gastarem mais votos terão. Puro engano!

Eu sou da opinião que os partidos que mais gastam deviam ser os mais penalizados pelos eleitores. E, se calhar, até vai acontecer!

Nota-se que há sempre dinheiro - e a rodos para as extravagâncias e não há para as necessidades dos portugueses.

Assim vai este pobre país!

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publicado por argon às 16:42
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SOMA E SEGUE

Tenho diante dos meus olhos a última factura da água que o SMAS da Cãmara Municipal de Sintra  me costuma enviar pelo correio.

E verifico que a conta menor é a da água. O resto são alcabalas, ob as mais disparatadas designações.

Ora reparem:

Descrição:

Consumo de Água

Consuma de Água( assim mesmo, duas vezes!)

Quota Serviço

Tarifa RSU (fixa)

TRSU - Variável

TRH Água (assim mesmo, três vezes!)

TRH Saneamento

IVA

Isento (5.93).

 

Na minha modesta opinião ,as contas da água deviam obedecer todas a um mesmo padrão em todo o país, mas sem ser a roubalheira que se vê.

Em contrapartida, por exemplo, a conta da água na minha casa de férias de Albufeira, nos meses em que lá não estou, nem ninguém, pago, apenas, 1 (um) .Euro, cada dois meses. Pela Câmara de Sintra seria impensável pagar tão pouco.

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publicado por argon às 16:20
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Sexta-feira, 28 de Agosto de 2009

A LOUREIRAL FIGURA

DIas Loureiro voltou à primeira página dos jornais. Et pour cause! A polícia descobriu lá num esconderijo de casa uns dossiês com documentos esclarecedores e comprometedores.

Sobre isso, só duas afirmações:

1. Isto é o que se sabe. E o que não se sabe? Já tenho dito que o maior defeito dos políticos e manda-chuvas  ou quadros superiores das empresas é o facto de mentirem com quantos dentes têm. Mentem que se fartam. nunca dizem a verdade. Ao menos o Madoff disse a verdade. Confessou e foi julgado no espaço de menos de um ano. Aqui demoravam cinco anos já é muito bom. Aliás, a juíza Maria José Morgado disse e escreveu-se que aqui, em Portugal, não era possível, com as leis que temos, julgar o madoff que, como sabem fez um buraco de 5o mil milhõers de dólares. E o motivo é que, depois do julgamento, as leis penais consentem que se façam recursos sobre recursos que demoram mais outros cinco anos. É um jogo do empata que foi feito em lei para favorecer os corruptos e criminosos. Dizem às claras, ouvi dizer na TV, -  os entendidos da justiça.

2. No fim de contas, isto é, ao fim de 10 anos, se a coisa não prescrever, o arguido vira sempre inocente. E eu pergunto: não seria melhor a justiça estar quieta e não gastar tantas fortunas do erário público?

A verdade é que não há um únicio caso em que um colarinho branco esteja a pagar a dívida à sociedade, estando da cadeia.

E ponto final

publicado por argon às 21:19
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VÊM AÍ AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS

Finalmente, no dia 27 deste mês, precismente, a um mês do dia das eleições, saíu o programa do PSD, o 2º partido mais votado

Pela sua leitura, ficamos a saber que o PSD vai romper com muita coisa do PS. Aliás, é norma, desde o 25 de Abril, o partido sucessor passar metade do tempo a desfazer o que julga que o anterior fez de mal e a outra metade a fazer coisa diferente.

E estes dois partidos, o PS e o PSD, vão-se sucedendo um ao outro E porquê?

Por este jogo de raciocínio imbatível: O PSD é bom para ganhar dinheiro e poupá-lo. O PS é bom só a distribuir dinheiro - que o PSD aferrolhou. Quando um partido o ganhou e não o gastou, tem de vir, a seguir, um partido que o distribui, mas não sabe ganhá-lo. E quando um partido gastou mais do que tudo o que podia e o país está endividado até aos gorgomilos, tem que haver uma reviravolta. Mudar. Quanto mais não seja para ser diferente. É nisto que consiste a filosofia de cada partido.

Mas há mais diferenças: o PS é estatal, quer mais Estado: para ele o ideal era que tudo fosse do Estado, ou que ele fosse o rei e o senhor de tudo. Aliás, para isso já não falta muito. E sabemos que o Estado não é bom a administrar empersas- é péssimo. Agora, algumas dão lucro, mas há pouco quase todas  davam prejuízo. Os chamados elefentes brancos. E ainda temos alguns. Talvez o mais escandaloso seja a RTP que gasta mais do que o que recebe. E recebe maquia todos os meses de todos os portugueses, centenas de milhares de euros do Estado, cobra publicidade como as outras TVs e não chega. A SIC e a TVI têm que dar lucro sem as duas muletas de todos os portugueses contribuintes e sem o subsídio anual do Estado, senão teriam que fechar portas e sabemos que estas duas talvez invistam mais e produzam mais do que a RTP. Enfim, um escândalo nacional de todo o tamanho a que ninguém põe cobro.

Voltando ao tema: o PSD tem como matriz: menos Estado e mais iniciativa privada.

O PS a governar tem sido um autêntico desastre, à parte uma ou outra reforma que resultou e veio favorecer os portugueses. Mas, de modo geral, todos se sentem prejudicados nos seus bens e nas suas liberdades. nunca gozámos de tão pouca liberdade, isto é, o Governo de Sóctares tem atacado todas as classes profissionais: os magistrados, os professores, os funcionários públicos, os agricultores, os pescadores, as empresas., a comunicação siacial. Todas têm razão de muita queixa. E o Estado tem-se mostrado avassalador e intrometido em todas as actividades dos portugueses. Todos se sentem espartilhados e vigiados por um Estado que quer ser como Deus: presente em toda a parte. Afinal, não é essa a função do Estado: deve ser o orientador, o regulador o apaziguador e não o interventor. Ele até tem empresas e quer ser a dona de tudo e de todos.

Ora, é contra este estado de coisas que o PSD quer lutar. E quer acabar com as formas abusivas do governo PS.

Os portugueses querem mudar este estado de coisas. A eles compete fazer as mudanças por meio do seu voto. Se, por hipótese, o PS ganhase, outra vez com maioria absoluta,, seria o fim do país. Eu creio que teria que haver uma revolução, um 2º 25 de Abril, ao contrário, para repor as coisas no seu lugar.

Até esta data, os portugueses têm sabido, com o seu volo, fazer as mudanças necessárias. Querem, pelo menos, que seja diferente e, para isso, não seria necessário

 mexer em muita coisa: bastava cortar  as excrescências que ofendem todas as classes.

O PSD põe à frente de todas as reformas, a economia. E faz bem. O resto virá por acréscimo.

Veremos o resultado  destas eleições!

publicado por argon às 17:58
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Quarta-feira, 26 de Agosto de 2009

O BURBURINHO

Anda por aí um grande burburinho  por causa de o governo, na pessoa do 1º ministro e da ministra da educação dizerem e proclamarem aos quatro ventos, com grande espavento, que o insucesso escolar caiu para metade em 12 anos.

Isto é o que dizem. Só que não mostram, nem quiseram mostrar ao jornal 'Público' a base de dados para o jornal fazer as contas. É secreto. E os números, assim, podem bem ser manipulados com intuitos propagandísticos e eleitorais.

A opsição contesta e os professores também. já não nos admiramos que os sindicatos também contestem os resultados. Dizem todos que o resultado, a ser verdadeiro, foi à custa do facilitismo e da descida da exigência.

E vem à baila o facto de muitos alunos passarem sem saberem. Conhece-se o caso de vários alunos que passaram de ano com oito negativas.Um jornal titulou, no mês de Agosto: «Cem alunos passam com oito negativas».

E os professores preferem passar os alunos fracos a terem que reprová-los. Se os passarem, ninguém os incomoda e até recebem elogios da ministra. Se os reprovam, as justificações são tão complexas, as burocracias são tamanhas, que eles preferm passá-los.

Os mesmos governantes gabam as escelências do ensino profissional. Há dias um leitor de um jornal de referência dizia que para aprovar nas 'Novas Oportunidades', bastou-lhe fazer que estudava no último mês. Ele é que sabia, que estava por dentro do esquema.

Mas não vale a pena o director do Público filosofar no seu artigo editorial sobre o assunto. Quando o Sócrates perder as eleições e o governo mudar de mãos, então se saberá muita coisa que o governo vigente tenta escamotear, ludibriar e esconder. E vamos ficar a saber muitas coisas espantosas!. Essa é que é essa!

publicado por argon às 22:07
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Segunda-feira, 24 de Agosto de 2009

FESTIVAL ALTITUDES «» UM PAÍS FUTEBOLIZADO

 

FESTIVAL ALTITUDES
 
Vai já na 12ª edição este Festival de Teatro do ‘Teatro do Montemuro’ que todos os anos se realiza na aldeia de Campo Benfeito, concelho de Castro Daire.
Desta vez, fui encontrar a pequena aldeia onde todos os anos passo férias em Agosto e onde tenho uma casa de férias, mais bonita, de cara mais lavada e a cheirar a progresso e modernidade. É que o Município de Castro Daire e os vários patrocínios particulares e oficiais capricharam em embelezar esta pequena localidade, das «Aldeias de Portugal». E por dois motivos: por ela ser a «aldeia capital do teatro» e por ter em laboração «As Capuchinhas», uma pequena empresa de confecção de peças de vestuário tradicionais, feitas artesanalmente, a partir de tecidos de linho e burel, por meio de teares, como se usavam noutros tempos e hoje quase em vias de extinção. Peças que comercializa e vende para fora.
O Jornal ‘Expresso’ e o ‘Público’, que eu visse, incluíram nas suas páginas de Verão o programa do Festival de Teatro. Mas eu assisti a todos os números do programa e, por isso, estou habilitado a fazer de repórter deste evento.
Estiveram presentes com a sua actuação as seguintes Companhias de Teatro convidadas:
Aduf, Adufmúsica; Teatro Ao Largo; Quadrilha; Teatro de Marionetes de Mandrágora; Kalid K; Teatro ACERT; Teatro das Beiras; Comuna Teatro de Pesquisa; Companhia do Chapitô e a presença do anfitrião Teatro de Montemuro, de Campo Benfeito.
O festival ocorreu de 8 a 16 de Agosto deste ano e prolongou-se por nove dias. Tinha duas vertentes: o teatro, com a exibição de peças de teatro de várias companhias convidadas e uma secção de ‘workshop’ ou ‘atelier de trabalhos manuais’, todas as manhãs, sob a designação de ‘impressões e expressões’, executados por crianças e orientados por Romana Lima. Além disso, a aldeia respirava um ar de festa, notava-se, ao percorrê-la, pois deparámos com espaços imaginários, coloridos e divertidos, nos mais inesperados locais. Vimos mais de 50 crianças a executar peças no atelier anexo em trabalhos manuais, que, no último dia do festival, foram expostas nas ruas da aldeia. Todas a aprender a fazer, a fazer, através de um jogo de desenhos, cortes e recortes e colagens. Houve, também, no primeiro dia, um espaço de aprendizagem de fabrico do pão. Tudo com um interesse inusitado.
Quanto às peças de teatro, para me não alongar, destacarei, apenas, as seguintes:
8 de Agosto, ás 21.30 h.: «Presos por uma Corrente de Ar», pelo Teatro de Montemuro, peça exibida ao ar livre e de entrada livre. Uma peça de um cómico irresistível.
Às 23. 00 h.: O grupo «Aduf»,«Adufmúsica» fez uma exibição de adufes sincronicamente executados, para admiração de todos. Guitarra, vibrafone, trompete, gaita-de-foles, teclados, a acompanhar a voz da cantora Maria Berasarte, na procura de novas abordagens, contrastes e caminhos de expressão artística. De salientar as sincronias sonoras dos vários instrumentistas num jogo másculo todo feito de percussões rítmicas impressionantes.
Dia 12: «Voyage Sonore et Musical, por Kalid K»
É um percussionista, cantor, contador de histórias, convida-nos a fazer uma viagem à volta do mundo. Nunca tinha estado num universo sonoro e visual tão singular, sem palavras, mas de uma forma lúdica, familiar e poética, armado com a sua versátil voz, três gravadores que pareciam coisas rudimentares e alguns acessórios, todos os gravadores dedilhados, a espaços, com um toque de dedo da mão e com o dedo grande do pé com os quais fazia, inventava sons orquestrais e ritmos fantásticos, paisagens sonoras de sonho e encantamento. Encarna habilmente diversas personagens e animais que sugere com os sons orquestrais dos seus instrumentos, numa espécie de magia. Foi o espectáculo que mais me agradou. Pela versatilidade do cantor. Um prazer que pede bis.
Dia 13: «Chovem Amores na Rua do Matador», pelo Trigo Limpo, teatro ACERT.
Uma peça escrita a quatro mãos, por José Eduardo Agualusa e Mia Couto, uma aposta -encomenda do ‘Trigo Limpo’ a estes dois escritores.
Dia 15: «A Afilhada de Santo António» pela «Comuna – Teatro de Pesquisa». Uma peça de António Torrado, escrita toda em verso, à maneira dos antigos autos, uma peça enternecedora com a marca do nosso santo milagreiro.  
Todos os espectáculos tiveram a lotação esgotada. E uma percentagem significativa era constituída por crianças, algumas de colo e de berço.
O ‘Teatro de Montemuro’ tem vida própria e dá espectáculos e desenvolve acções de formação pelas várias partes do país durante todo o ano. Por vezes, desloca-se ao estrangeiro. A sua fama já ultrapassou as fronteiras. Tem Casa de espectáculos nova, de raiz. Recebe vários subsídios que lhe garantem e estimulam a existência e a vitalidade.
Artur Gonçalves
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UM PAÍS FUTEBOLIZADO
 
O nosso país estará completamente futebolizado?
Eu creio que ainda não está, mas para lá caminha. Quem consulte os jornais desportivos e os jornais diários de referência, bem como os gratuitos, e verificar os espaços dados ao futebol pelas televisões, facilmente chegará a essa conclusão. Temos mais jornais desportivos, em proporção, do que qualquer outro país. Por outro lado, já tenho visto ser cortada a palavra a intelectuais e políticos e nunca vi cercear o tempo aos parladores do futebol, na televisão. Para estes não há limite de tempo de fala, apesar do seu discurso pobrezinho e cheio de lugares-comuns.
Há uns tempos recentemente passados, três jornais diários dão-nos a ideia daquilo que eles julgam ser a maior preocupação dos portugueses. A tristeza em que vivem, mercê das mais adversas circunstâncias, os nosso queridíssimos jogadores de futebol.
Debrucemo-nos sobre cada um dos jornais em um mesmo dia: Correio da Manhã, 24 Horas e Record:
Eis a manchete do «C. M.»: «João Sabrosa perde sobrinho no mar».
A manchette da lª pág. do «24 Horas«: «Sobrinho de Simão levado pelo mar».
A manchete de «Record»: «Mar leva sobrinho de Simão». Até parece que todos estes jornais se combinaram para trazerem para a primeira página e pelas quase mesmas palavras este infausto acontecimento.
E o «Record» acrescenta, em letras mais miúdas, a acompanhar a manchete de primeira página. «Tragédia de Matosinhos alarga-se ao futebol».
Mas há mais coincidências:
Os três jornais citados ocupam a quase totalidade da 1ª página (a mesma área de espaço); os três exibem a foto de Simão e da mulher; os três apresentam Simão e a mulher muito compungidos; os três dão a entender que estão convencidos que esta é a preocupação mais importante dos portugueses: a dor de Simão provocada pela morte do sobrinho; os três pensam que todos os portugueses têm obrigação de saber quem é Simão e que ele é o jogador de futebol mais importante do país  a que todas as almas se devem render em tributo de solidariedade, pela morte de um seu  sobrinho.
E a pergunta que se põe é esta: então, e a criança? Então, e os pais? Onde está o nome e a tragédia dos pais? Só Simão é digno de referência e de compaixão? Não interessa focar a dor dos pais?
Só, sim, senhores. Nesta tragédia, o importante é que os portugueses saibam que o futebol está de luto, que foi atingido profundamente pela mão do destino traiçoeiro.
Está de luto porque morreu um jogador de 1ª água? Não, mas porque atingiu um futebolista de classe. O resto não tem qualquer interesse.
Só faltara decretar três dias de luto nacional. Pela morte da criança? Não, senhores: pela dor do Simão.
No dia em que escrevo estas linhas, leio, a propósito da derrocada de um morro na praia de Maria Luísa, em Albufeira, acontecida ontem, na 1ª página do sensacionalista «24 horas»: «Morreram à porta de Figo». Eu diria que morreram mais à minha porta, - tenho uma casa mais perto, do que está a porta de Figo.
Os jornais continuam a massacrar os portugueses com este género de notícias. Felizmente, o Ronaldo só faltou a um jogo, foi afectado por uma gripe passageira que não veio a reflectir-se no resultado do Real Madrid, pelo contrário, na sua ausência, o seu clube ganhou ao adversário. Não fez falta nenhuma.
O futebol é um mundo fora deste mundo. Os seus manda-chuvas continuam a viver fora deste planeta, noutra galáxia. Continuam a vomitar milhões nas grandes e escandalosas negociatas. O futebol deixou de ser um entretenimento, para passar a ser um negócio. De milhões. E há quem diga que devem muitos milhões ao Fisco, coisa a que este liga pouca importância. Repare-se no obsceno escândalo dos 94 milhões euros pela transferência do jogador mais caro do mundo. Que, para levantar à estratosfera o orgulho nacional, - imagine-se! - é português! E repare-se que, a companhia de seguros que lhe segurou as pernas por 100 milhões, não está a contar pagar-lhe por invalidez, que Deus não permita que aconteça.
Os media continuam a insistir que o futebol é a maior preocupação dos portugueses. E as televisões, idem aspas. Há dias, um canal de TV deixou o ‘menino guerreiro’ Santana Lopes pendurado, enquanto estava a ser entrevistado. O programa foi suspenso porque o (i)responsável pelo programa entendeu que era mais importante ligar ao aeroporto onde estava um repórter para dar a notícia bombástica da chegada de outro nome do mesmo relicário de heróis, da mesma galáxia bolar. Mourinho que, bem feito! se negou a falar para os jornalistas. Santana, como represália, levantou-se da cadeira e desapareceu. Para não mais voltar? Em definitivo, se não adorasse as luzes da ribalta. Ele continua constantemente presente nas televisões, enquanto houver televisão, esquecido de que os media que ora o destronam e o destroem, ora lhe constroem uma catedral para adoração, consoante as conveniências mediáticas do momento. 
Eu já nem entro no mundo dos milhões de Ronaldo! Tão jovem, tão imaturo, será uma sorte ele ser capaz de resistir a tamanha abundância. Ele, que mal tem tempo para dar largas às suas paixonetas, quanto mais para gastar semelhantes somas! Se não tiver cuidado, poderá ser vítima de tanta abundância. Não será o primeiro, nem o último!
E um jogador de futebol é a pessoa mais bafejada pela sorte e aquela que ganha o dinheiro com menos esforço, por mais que a imprensa e os seus jornalistas desportivos teimem em dizer que é uma actividade de desgaste rápido.
Comparem só o tempo de treinos de um jogador com as 100 horas de ensaios de Michael Jackson, o ‘rei da pop’, de que há gravação e há já autorização para fazer um filme, para preparar a tourné que ia efectuar, a começar em Londres e que, por ter morrido, já não efectuou.
Compare-se com o tempo gasto em ensaios de Madona, uma das estrelas mais cintilantes do universo musical, no concerto que deu em Lisboa para comemorar os seus 50 anos e os 25 de carreira. Fez-se acompanhar, não de meia dúzia de responsáveis, de mãos a abanar, como no futebol, mas de 250 pessoas que constituíam o seu staff, 3.500 peças de roupa, transportadas por 30 contentores, 69 guitarras, 16 empregados de catering, etc., com saída de palco sete vezes, para mudar de roupa. E ensaiou durante 650 horas! É uma arte esta, que requer muito mais esforço e arte do que o tempo e arte (?) dispendidos por um jogador de futebol ou uma qualquer equipa! Uma actuação artística dos chamados monstros sagrados e consagrados que precisam de uma plêiade de colaboradores a actuar em palco, precisam de muitos ensaios, porque se trata de exercícios sincronizados, que não permitem falhas ou passos em falso, o que não acontece no futebol que, muitas vezes, é meia-bola-e-força, é só chutar para a frente sem tino nem regra.
O jogador não tem tempo de pensar, age, muitas vezes, por instinto. A cabeça deles, digamos, sem ofensa, está nos pés.
 E o curioso é que há mais adjectivos bombásticos, superlativos encarecedores atirados aos jogadores e clubes, sobretudo pelos jornais desportivos, às vezes, para enaltecer jogadas ou golos que nada têm de extraordinário, do que os que são escritos para descrever uma actuação de um/a artista de gabarito que levou ao rubro uma plateia inteira durante todo o tempo de actuação. Querem um exemplo? Lá vai: «Nova ninhada de leões a caminho da fama e da glória». C. M. - referência a dois jogadores do Sporting, grandes esperanças leoninas. O que significa supercampeões, supertaça ou superdragões?
Mas os portugueses, em geral, não se deixam levar pelas sereias do futebol e andam mais preocupados com fazerem face às dificuldades económicas, sociais, jurídicas e políticas, do dia-a-dia, com o desemprego, com as pensões baixas, com o endividamento das famílias e com os impostos. Por mais que os media insistam em alterar as regras do jogo e as dificuldades da vida.
ARGON
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publicado por argon às 18:38
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Terça-feira, 4 de Agosto de 2009

AS NOTÍCIAS

1. Se houvesse concurso, o Correio da Minhã ganhava. pelo título da 1ª páqgina, com destaque: Pinto ganhou a dobrar (cito de cor).

nas página interior: Pinto, Presidente da TAT ganhou 816 mil euros, o dobro do ano anterior. A TAP teve um prejuízo de 285 milhões. Quer dixzer: mais ou menos o que o Pinto levou a mais. Quer dizer: se não recebesse a dobrar, a TAT não teria prejuízo!!!

E numa época de crise. É como dizia o outro: é um fartar, volanagem!

Claro que isto só aconrtece porque não há governo que governe em Portugal!

&

2. Masdo 2º prémio vai para Diário de Notícias:

No editorial, gaba a coragem e determinação do juíz que condenou Isaltino a sete anos de prisão efectiva e perda de mandato.

E o editorual fica-se por aquui. É pena que não tivesse dito o resto. Pronunciar-se   sobre a falta de cumprimento da setença: nem vai preso, nem vai perder o mandato. Pode candidatar-se ao próximo acto eleitoral. E já copmeçou a campanha! E diz que vai ganhar!

&

3. Aviões sem W.C.

Mikael Leary, lider da companhia low cost, que4r reduzir o número ede casas de banho nos aviões, ao mesmo tempo que quer taxar as idas de passageiros ao W.C.

Acho que é uma boa medida. Quem vai ao mar (no caso, ao ar) avia-se em terra.

É por esta e outras razões que os voos low cost são mais baratos.

&

 

publicado por argon às 20:06
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UMA DEFINIÇÃO

Depois da condenação de Isaltino Morais a sete anos de prisão efectiva, venho apresentar uma definição que vigora desde o 25 Abril e que andava e anda nas bocas do povo:

 

Definição de Prisão efectiva:

 

Se o condenado é um pobre, vai de cana directo do tribunal para a prisa.

Se for um político, um gestor , um quadro superior de uma empresa, ou um manda-chuva do futebol, vulgo, colarinho branco, fica em liberdade, à porta do tribunal que o acabou de condenar dá uma conferência de imprensa onde diz que está inocente, que o tribunal não soube julgar  e, se for um autarca no exercício das suas funções, diz que vai concorrer às proximas eleições, vai ganhar (porque é impoluto) e que os munícipes é que o vão julgar.

Se for um político que chateie o governo em funções, dá-se-lhe um cargo de remuneração choruda no estrangeiro (CE), para o calar. E o que é facto é que cala, mesmo.

Se for um ex-governante, apanha uma nomeação para um cargo a ganhar milhões, com direito a receber um bonus de milhões, mesmo que a empresa seja deficitária, com ou sem culpa própria.

Daí a minha conclusão:

Para quê, andar a gastar rios de dinheiro e a desgastar meios humanos em investigações, para se chegar a esta triste conclusão?

Creio que nem Baltazar Garzon seria capaz de pôr a nossa justiça de pé e a julgar mesmo.

Há quem diga que a culpa de tudo isto é as leis que temos: um advogado, na televisão, disse que as leis são feitas de tal modo que é impossível julgar esta gentalha (a corrupção). As leis foram feitas de propósito para que estes senhores ecapem às alargadas malhas da justiça.

Caso curioso, a Internet deu espaço a comentários e nas dezenas deles não li um único a favor deste  'condenado' pela justiça.

Se quiserem outra justiça só terão que mudar de país.

Quando, daqui a uns dez anos, o Isaltino for julgado pela última instância do Tribunal Constitucional, depois de um calvário de recursos, este confirmará a sua inocência.

Façam as contas e vejam quantos milhões se gastaram com um homem que não devia valer tanto dinheiro gasto..

Entretanto, o Isaltino vai ganhar, outra vez, a Câmara, vai viver como um «bon vivant» e fazendo pouco da justiça que não dá mostras de se incomodar com isso.

Viva a democracia!

publicado por argon às 09:58
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Sábado, 1 de Agosto de 2009

UM CHEQUE-BÉBÉ

É o mínimo e o máximo que se pode dizer para definir uma das últimas promessa de Sóctares, estas eleitoralistas, como se sabe, Pelos termos em que foi formulada a promessa, nota-se que este homem é muito generoso quando faz promessas que, depois, todos sabemos, não cumpre.

Ele pode estar certo que por 200 euros que oferece a cada ´bébé (assim, com dois acentos, linguagem onomatopaica, a imitar um bébé a chorar e dizer bé-bé) que só poderão ser utilizados quando o bebé (com um só acento) atingir os 18 anos, não há nemhum bébé que aceite nascer.

Todos sabemos que esta é mais uma medida encapotada para favorecer a banca que arrecada os 200 euros, os faz render a seu favor e não sabe a quem dar se o bebé vier a falecer antes dos 18 anos.

Claro que nenhum casal está disposto a receber semelhante esmola quando se sabe que a Espanha dá 2500 euros e a Alemanha dá 25 mil euros. Somos, mesmo, miseráveis! Mas se o Sócrates tivesse alguma vergonha na cara, não fazia semelhante promessa a que ele chama cheque-poupança!!!

Este insulto seria suficiente para que todos os casais não votassem nele, nas próximas eleições.

Este homem é um insulto nacional!

Fora com ele, nas próximas eleições!

&

publicado por argon às 15:37
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UM TEXTO «FANTABULÁSTICO»

 

Estive de férias no Algarve. Quando cheguei, encontrei um mail de João Amaral. Quem é João Amaral? Um ilustrador e mestre em banda desenhada. Considero-o um grande artista, não por ouvir dizer ou por ter lido na imprensa, o normal, mas porque lhe encomendei 30 desenhos para ilustrar o meu próximo livro. Os desenhos são um espanto!!!
 Ele esteve, também, presente na festa de homenagem ao nosso amigo comum ARGON, na Casa-Museu Leal da Câmara, o sítio não podia ser mais emblemático: o museu está todo enfeitado com inúmeras caricaturas de Leal da Câmara, um meu ex-conterrâneo, já falecido, mas que deu molho pela barba ao Salazar e seus comparsas, tal como ou ainda mais do que Bordalo Pinheiro. A ponto de ter que se expatriar.
Transcrevo o seu mail , de João Amaral, sem comentários:
 
« Caro Artur Neto
Apesar de termos estado juntos no dia 21, quero através deste mail expressar-lhe o quanto gostei da homenagem (merecida) que lhe foi feita. E o meu amigo correspondeu, como só o meu amigo sabe fazer, com o seu notável humor. Gostei de tudo no geral, mas deixe-me dizer-lhe, sem qualquer desprimor para tudo o resto, que aquele momento em que o meu amigo transportou o Mestre Gil Vicente para a actualidade foi verdadeiramente antológico. Aquele texto, como disse a senhora professora que estava presente, é, como direi, «fantabulástico». Muito superior até mesmo em relação a certos textos de humor que se fazem por esse país, sendo uma obra notável de qualidade e actualidade. Os meus sinceros parabéns pela notável criatividade com que nos brindou. É aliás por isso (eu não sou pessoa de escrever muitos mails) que senti a necessidade de o meu amigo saber que esse foi, como se costuma dizer, um breve momento (que só pecou por ser tão breve) que me fez «ganhar o dia». OS MEUS PARABÉNS e continue por muitos anos com essa notável imaginação.
Um abraço».
publicado por argon às 15:32
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