Uma das notícias que continua na berra é a do bónus escandaloso que a EDP resolveu atribuir ao Sr. Mexia. E o argumento mais invocado é aquele que diz que se trata de uma empresa em que o principal accionista é o Estado, e por isso, devemos protestar porque está na mão do Estado suprimir essas regalias. Só o que toda a gente esquece é que, se este dinheiro não for para ele, uma coisa é certa: nunca irá ter ao bolso do consumidor do produto de primeira necessidade de que a EDP tem o monopólio. Por isso, de que presta o protesto colectivo se esse dinheirame seria distribuído pelos accionistas se não fosse parar ao bolso do Mexia? Qualquer cidadão fica com o mesmo dinheiro no fim do mês, não dependendo isso do dinheiro que a EDP possa dar ou deixar de dar ao sr. Mexia.
Ele argumenta, para merecer tal compensação obscena, que ultrapassou os objectivos traçados. Mas, para isso, basta anunciar por baixo e cumprir por cima. Ninguém sabe quais eram os objectivos.
Mas o contribuinte ganharia alguma coisa se o sr. Mexia ou o Governo, atendendo aos lucros da empresa, descesse o tarifário aos consumidores da EDP, ou se os prémios e bónus fossem para um fundo de reserva para ajuda dos pobres deste país. Porque ter grandes lucros à custa dos consumidores por serem legião, não haver concorrência, ter o monopólio e determinar o preço do produto e dos serviços como quer, pré-fabricando os lucros, é muito fácil e não exige competência (só é preciso ser boy, ou cair nas boas graças do Governo), não merece elogios e muito menos distribuição de bónus.
SE O PS APOIAR ALEGRE, NUNCA UMA CAMPANHA ALEGRE FOI MAIS TRISTE!
PEC - Programa de Estabilidade e Crescimento
Então, como é?
Se há estabilidde, não há crescimento
e, se há crescimento, como pode haver estabilidade?
*
Este texto não foi publicado pelo «Público», embora o tivesse enviado. Mas não quero deixar de o dar a conhecer aos meus potenciais leitores.
A notícia mais bombástica, aquela que está na berra é o bónus escandaloso que a EDP resolveu atribuir ao Sr. Mexia. E o argumento mais invocado é aquele que diz que se trata de uma empresa em que o principal accionista é o Estado, e por isso, devemos protestar porque está na mão do Estado suprimir essas regalias. Só o que toda a gente esquece é de pensar que se este dinheiro não for para ele, nunca irá ter ao bolso do contribuinte. Por isso, de que presta o protesto colectivo se esse dinheirame seria distribuído pelos accionistas se não fosse parar ao bolso do Mexia? Qualquer cidadão fica com o mesmo dinheiro no fim do mês, não dependendo isso do dinheiro que a EDP possa dar ou deixar de dar ao sr. Mexia.
Ele argumenta, para merecer tal compensação obscena, que ultrapassou os objectivos traçados. Mas, para isso, basta anunciar por baixo e cumprir por cima. Ninguém sabe quais eram os objectivos. Mas o contribuinte ganharia alguma coisa se o sr. Mexia ou o Governo, atendendo aos lucros da empresa, descesse o tarifário aos consumidores da EDP, que tem o monopólio de um bem essencial, ou se os prémios e bónus fossem para um fundo de reserva para ajuda dos pobres deste país «de um fartar vilanagem». Porque ter grandes lucros à custa dos consumidores por serem legião, não haver concorrência, ter o monopólio e determinar o preço do produto e dos serviços como quer, pré-fabricando os lucros, é muito fácil e não exige competência (só é preciso ser boy, ou cair nas boas graças do Governo), não merece elogios e muito menos distribuição de bónus.
O texto que se segue foi publicado pelo Diário de Notícias de anteontem.
Segundo o Diário de Notícias, a RTP custou 2,1 mil milhões de euros aos portugueses. Por outras palavras: cada português, além desta verba astronómica, teve que pagar 791 milhões de euros de contribuição áudio-visual, cobrados na facturação da luz. E, como se tal não bastasse, o Estado ainda lhe dá anualmente, 990,2 milhões de euros a título de uma coisa que ninguém sabe o que é: chamam-lhe ‘indemnização compensatória’, por conta do chamado ‘serviço público’ que ninguém sabe definir. Ora, sabemos que a SIC e a TVI não têm estas três úberes tetas como fontes de receita e todos os anos dão lucro pois, se não dessem, teriam de fechar as portas e mudar de ramo. Mesmo assim, apesar de, ainda, fazer concorrência àquelas com a publicidade, a RTP todos os anos apresenta prejuízo de milhões. Segundo o Expresso, o preço a que nos ficou a RTT nestes últimos oito anos, dava para construir três pontes Vasco da Gama. Donde se conclui que: ou tem gente a mais ou gasta à tripa forra, sem olhar a gastos, o dinheiro dos contribuintes, ou aumentou exponencialmente os custos.
Como se explica? Nunca ninguém tentou ou quis explicar esta anomalia escandalosa. Aliás, sabemos que se, por hipótese, a RTP fosse privatizada, começaria logo a dar lucro. E não me digam que a RTP, por este preço, é melhor porque tem melhores programas do que as outras duas, porque não é, todos sabemos.
Um país como o nosso que tem uma televisão tão consumista nunca pode deixar de ser pobre porque ela vive, sobretudo, à custa do dinheiro dos contribuintes que são, na sua maioria, pobres.
. BODAS DE OURO MATRIMONIAI...
. A GUERRA MODERNA POR OUTR...
. UM CONTRASTE CIONTRASTANT...
. AS CINQUENTA MEDIDAS - UM...
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