Quarta-feira, 26 de Maio de 2010

UM PAÍS PAÍS POBRE DE PESSOAS RICAS

 

 

Portugal no passado (antes do 25 de Abril) era um país rico com pessoas pobres e tornou-se um país pobre de pessoas ricas porque, colectivamente, vivemos acima das nossas possibilidades.

Daniel Bessa, antigo ministro da economia

 

Estava há dias a falar com um amigo nova-iorquino que conhece bem Portugal.
Dizia-lhe eu, à boa maneira do “coitadinho” português:
- Sabes, nós os portugueses somos pobres ...
Esta foi a sua resposta:
Como podes tu dizer que são pobres, quando são capazes de pagar por um litro de gasolina, mais do triplo do que pago eu?
Quando se dão ao luxo de pagar tarifas de electricidade e de telemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA?
Como podes tu dizer que são pobres, quando pagam comissões bancárias por serviços e cartões de crédito o triplo que nós pagamos nos EUA?
Ou quando podem pagar por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares (8.320 €) e vocês pagam mais de 20.000 €, pelo mesmo carro? Podem dar mais de 11.640 € de presente ao vosso governo, do que nós ao nosso.
Nós é que somos pobres: por exemplo em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes, cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é, 6%, nada comparado com os 20% em Portugal. E contentes com estes 20%, pagam ainda impostos municipais.
Além disso, são vocês que têm " impostos de luxo" como são os impostos na gasolina e gás, álcool, cigarros, cerveja, vinhos etc, que faz com que esses produtos cheguem em certos casos até a 300 % do valor original, e outros como imposto sobre a renda, impostos nos salários, impostos sobre automóveis novos, sobre bens pessoais, sobre bens das empresas, de circulação automóvel.
Um Banco privado vai à falência e vocês, que não têm nada com isso, pagam outro, uma espécie de casino, o vosso Banco Privado vai à falência, e vocês protegem-no com o dinheiro que enviam para o Estado. E vocês pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal, um vencimento anual que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA...
Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e Bens pessoais mediante retenções, necessariamente tem de nadar na abundância, porque considera que os negócios da nação e de todos os seus habitantes sempre terão ganhos, apesar dos assaltos, do saque fiscal, da corrupção dos seus governantes e autarcas. Um país capaz de pagar salários irreais aos seus funcionários de estado e da iniciativa privada, tem que ser um país rico.
Os pobres somos nós, os que vivemos nos USA e que não pagamos impostos sobre a renda, se ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é, mais ou menos os vossos 2.080 €. Vocês podem pagar impostos do lixo, dos esgotos, sobre o consumo da água, do gás e electricidade. Pagam segurança privada nos Bancos, urbanizações municipais, enquanto nós, como somos pobres, nos conformamos com a segurança pública.
Vocês enviam os filhos para colégios privados, enquanto nós aqui nos EUA, as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos, prevendo que não os podemos comprar.

Vocês pagam aos deputados que residem fora de Lisboa viagens e ajudas de custo, de cada vez que se deslocam ao Parlamento. Têm, até, uma deputada por Lisboa, de luxo, que todas as semanas saca do Estado 6 mil €/mês em viagem de avião em executiva e mais ajudas de custo para chegar a Paris, onde reside e nós não podemos dar-nos a esse luxo, porque não podemos esbanjar recursos e, ao fim de dois mandatos, esta deputada fica com uma choruda reforma vitalícia.

Vocês têm, até, um gestor de uma empresa pública que ganha, por mês, 20 vezes mais do que o Presidente da República e no fim do ano ainda recebe vários milhões de euros de prémios.

Vocês são um país rico, porque só um país rico faz obras faraónicas, como o TGV para Madrid, a terceira ponte sobre o Tejo, um novo aeroporto e novas auto-estradas. Só num país rico pode acontecer, como entre vós, que haja centenas de reformados VIP a receberem dois e três subsídios milionários de aposentação e continuem no activo a ganhar somas milionárias. A lista, nomes e quantitativos é pública, veio na Internet.

No nosso país seria impensável haver uma televisão do Estado que obriga todos os consumidores de electricidade a pagar, todos os meses, um imposto para a TV, que esta receba por ano uns milhões de subsídio do Estado, tenha uma carteira de publicidade como as privadas e, no fim do ano, ainda dá prejuízo de milhões (o meu amigo, poderia ter acrescentado, citando Camões: diga lá, ó criatura, «que segredos são estes da natura»).

Onde está o sistema de poupança, próprio dos países pobres, num país que todos os anos compra frotas de carros de alta cilindrada para os seus ministros e altos funcionários do Estado e ainda recentemente o IEFP comprou 400 carros novos para os seus dirigentes?

Poderemos chamar pobre a um país em que o Estado dá todos os anos a empresas de consultadoria e a empresas de advogados, por estudos, milhões de euros, prescindindo dos seus advogados e peritos que tem como seus funcionários? E tanto vocês são um país rico, que até nem tendes uma justiça igual para todos: tendes uma justiça para pobres e outra para ricos: estes nunca chegam à barra dos tribunais. E, em questões de corrupção, se há tantos ladrões, é porque há muito para roubar. E boas ocasiões e ligações para roubar o Estado.

Vives num país onde impera este juízo aceite pela generalidade dos portugueses: «fugir aos impostos não é crime, é legítima defesa».

Tendes, até, o partido do Governo que tem uma legião de «boys» e de «girls» aos quais dá empregos milionários, em desfavor do resto dos cidadãos que pagam impostos, isto é, que lhes garantem o sustento.

Porventura, pode considerar-se pobre um país que tem no seu sistema de Ensino Superior 4.900 cursos a funcionar, como actualmente?

O Governo vai taxar as mais-valias, mas os grandes grupos económicos vão ficar isentos. Se assim é, é porque o Governo não precisa do dinheiro dos ricos.

Por outro lado, há um gestor de um banco em fase de bancarrota que está a ganhar 3 milhões/ano, Joe Berardo dixit.

Além disso, há uma grande quantidade de Fundações que vivem dos subsídios do Estado. Estado rico, já se vê!

A Assembleia da República comprou, para os seus serventuários superiores uma frota de carros topo de gama no valor de 900 mil € - a Internet disse e mostrou.

Moralidade da história: Portugal, se não fosse um país «rico» (na perspectiva do texto), seria um país rico.

 

ARGON

 

*

 

O ZÉ PORTUGA

 

O PS apoiando Manuel Alegre para Presidente da República? Nunca uma campanha Alegre foi tão triste!

 

 

publicado por argon às 10:22
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Quarta-feira, 19 de Maio de 2010

UM PAÍS POBRE DE PESSOAS RICAS

ARGON

 

Portugal no passado (antes do 25 de Abril) era um país rico com pessoas pobres e tornou-se um país pobre de pessoas ricas porque, colectivamente, vivemos acima das nossas possibilidades.

 

Daniel Bessa, antigo ministro da economia

 

Estava há dias a falar com um amigo nova-iorquino que conhece bem Portugal.
Dizia-lhe eu, à boa maneira do “coitadinho” português:
- Sabes, nós os portugueses somos pobres ...
Esta foi a sua resposta:
Como podes tu dizer que são pobres, quando são capazes de pagar por um litro de gasolina, mais do triplo do que pago eu?
Quando se dão ao luxo de pagar tarifas de electricidade e de telemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA?
Como podes tu dizer que são pobres, quando pagam comissões bancárias por serviços e cartões de crédito o triplo que nós pagamos nos EUA?
Ou quando podem pagar por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares (8.320 €) e vocês pagam mais de 20.000 €, pelo mesmo carro? Podem dar mais de 11.640 € de presente ao vosso governo, do que nós ao nosso.
Nós é que somos pobres: por exemplo em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes, cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é, 6%, nada comparado com os 20% em Portugal. E contentes com estes 20%, pagam ainda impostos municipais.
Além disso, são vocês que têm " impostos de luxo" como são os impostos na gasolina e gás, álcool, cigarros, cerveja, vinhos etc, que faz com que esses produtos cheguem em certos casos até a 300 % do valor original, e outros como imposto sobre a renda, impostos nos salários, impostos sobre automóveis novos, sobre bens pessoais, sobre bens das empresas, de circulação automóvel.
Um Banco privado vai à falência e vocês, que não têm nada com isso, pagam outro, uma espécie de casino, o vosso Banco Privado vai à falência, e vocês protegem-no com o dinheiro que enviam para o Estado. E vocês pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal, um vencimento anual que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA...
Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e Bens pessoais mediante retenções, necessariamente tem de nadar na abundância, porque considera que os negócios da nação e de todos os seus habitantes sempre terão ganhos, apesar dos assaltos, do saque fiscal, da corrupção dos seus governantes e autarcas. Um país capaz de pagar salários irreais aos seus funcionários de estado e da iniciativa privada, tem que ser um país rico.
Os pobres somos nós, os que vivemos nos USA e que não pagamos impostos sobre a renda, se ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é, mais ou menos os vossos 2.080 €. Vocês podem pagar impostos do lixo, dos esgotos, sobre o consumo da água, do gás e electricidade. Pagam segurança privada nos Bancos, urbanizações municipais, enquanto nós, como somos pobres, nos conformamos com a segurança pública.
Vocês enviam os filhos para colégios privados, enquanto nós aqui nos EUA, as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos, prevendo que não os podemos comprar.

Vocês pagam aos deputados que residem fora de Lisboa viagens e ajudas de custo, de cada vez que se deslocam ao Parlamento. Têm, até, uma deputada por Lisboa, de luxo, que todas as semanas saca do Estado 6 mil €/mês em viagem de avião em executiva e mais ajudas de custo para chegar a Paris, onde reside e nós não podemos dar-nos a esse luxo, porque não podemos esbanjar recursos e, ao fim de dois mandatos, esta deputada fica com uma choruda reforma vitalícia.

Vocês têm, até, um gestor de uma empresa pública que ganha, por mês, 20 vezes mais do que o Presidente da República e no fim do ano ainda recebe vários milhões de euros de prémios.

Vocês são um país rico, porque só um país rico faz obras faraónicas, como o TGV para Madrid, a terceira ponte sobre o Tejo, um novo aeroporto e novas auto-estradas. Só num país rico pode acontecer, como entre vós, que haja centenas de reformados VIP a receberem dois e três subsídios milionários de aposentação e continuem no activo a ganhar somas milionárias. A lista, nomes e quantitativos é pública, veio na Internet.

No nosso país seria impensável haver uma televisão do Estado que obriga todos os consumidores de electricidade a pagar, todos os meses, um imposto para a TV, que esta receba por ano uns milhões de subsídio do Estado, tenha uma carteira de publicidade como as privadas e, no fim do ano, ainda dá prejuízo de milhões (o meu amigo, poderia ter acrescentado, citando Camões: diga lá, ó criatura, «que segredos são estes da natura»).

Onde está o sistema de poupança, próprio dos países pobres, num país que todos os anos compra frotas de carros de alta cilindrada para os seus ministros e altos funcionários do Estado e ainda recentemente o IEFP comprou 400 carros novos para os seus dirigentes?

Poderemos chamar pobre a um país em que o Estado dá todos os anos a empresas de consultadoria e a empresas de advogados, por estudos, milhões de euros, prescindindo dos seus advogados e peritos que tem como seus funcionários? E tanto vocês são um país rico, que até nem tendes uma justiça igual para todos: tendes uma justiça para pobres e outra para ricos: estes nunca chegam à barra dos tribunais. E, em questões de corrupção, se há tantos ladrões, é porque há muito para roubar. E boas ocasiões e ligações para roubar o Estado.

Vives num país onde impera este juízo aceite pela generalidade dos portugueses: «fugir aos impostos não é crime, é legítima defesa».

Tendes, até, o partido do Governo que tem uma legião de «boys» e de «girls» aos quais dá empregos milionários, em desfavor do resto dos cidadãos que pagam impostos, isto é, que lhes garantem o sustento.

Porventura, pode considerar-se pobre um país que tem no seu sistema de Ensino Superior 4.900 cursos a funcionar, como actualmente?

O Governo vai taxar as mais-valias, mas os grandes grupos económicos vão ficar isentos. Se assim é, é porque o Governo não precisa do dinheiro dos ricos.

Por outro lado, há um gestor de um banco em fase de bancarrota que está a ganhar 3 milhões/ano, Joe Berardo dixit.

Além disso, há uma grande quantidade de Fundações que vivem dos subsídios do Estado. Estado rico, já se vê!

A Assembleia da República comprou, para os seus serventuários superiores uma frota de carros topo de gama no valor de 900 mil € - a Internet disse e mostrou.

Moralidade da história: Portugal, se não fosse um país «rico» (na perspectiva do texto), seria um país rico.

*

O ZÉ PORTUGA

 

O PS apoiando Manuel Alegre para Presidente da República? Nunca uma campanha Alegre foi tão triste!

 

 

publicado por argon às 16:52
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EXCEPÇÃO DE ESTADO VS «ESTADO DE EXCEPÇÃO» - 3

Ainda a propósito da visita do papa: é o terceiro artigo contra fernanda Cãncio:

 

O Diário de Notícias publicou anteontem uma crónica de Fernanda Câncio sobre a visita de Sua Santidade o Papa Bento XVI ao nosso país com o título «Estado de Excepção». Nela confessa, sem rebuço, um ódio visceral à Igreja Católica e insurge-se contra esta visita.

Devo notar, em abono da verdade, que ela se esquece que esta visita não é uma visita de Estado onde os nossos visitantes políticos se encontrem apenas, com os nossos governantes do mais alto grau, para tratarem de assuntos de Estado. Aqui, os cidadãos raramente são chamados e colaborar ou a participar e se tal acontece, nunca a nível tão abrangente.

No caso da visita do Papa, a coisa processa-se de modo diferente. Trata-se de uma visita aos seus habitantes (em ‘festa’), tendo como traço comum de união a fé religiosa, neste caso, a católica, que professam e que pretendem manifestar (mani-festar).

Todo o texto é um insulto não só ao Papa que menoriza e ridiculariza escrevendo «sua santidade» com minúscula, mas a todos os portugueses que, de boa fé, pretendem honrar a nossa tradição de bom acolhimento a personalidades estrangeiras que oficialmente nos visitam

O vocabulário e as expressões que utiliza são do mais rasteiro e ignominioso que conceber se pode. Efectivamente, chama a este movimento ecuménico da visita uma histeria, movimento que denomina de festejo, dessacralizando o evento e, pelo contrário, apoucando-o, ao colocá-lo abaixo de qualquer evento profano, artístico ou desportivo.

Denuncia este fervor (religioso e patriótico) que adjectiva como fervor compulsivo, desta facção mais ou menos religiosa.

Lastima as escolas fechadas e regista, supomos que muita mágoa, os filhos expulsos (!?) das escolas estatais e o acumular do lixo nas ruas, denunciado pela sua aguçada pituitária ecológico.

Quantas crónicas escreveu a autora a denunciar estas duas anomalias, quando os sindicatos resolveram fazer uma greve de aderência plenária, durante vários dias?

Um pouco mais adiante, utiliza um vocabulário que fez história nos tempos do PREC – exijorecuso.

Por fim, vira-se contra a Diário de Notícias por ter alinhado neste absurdo, ao pretender cobrir noticiosamente o evento, no seu respeitável desvelo deontológico, como auscultador privilegiado do pensar, do sentir e do agir de uma grande fatia de cidadãos deste país, dando conta da mobilização cívica e religiosa de âmbito nacional.

E conclui com chave de ouro, comparando o estado destes dias ao estado de sítio, ou seja, ao estado em que se decreta a restrição das liberdades e a sujeição a um regime militar!

publicado por argon às 12:21
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O EXEMPLO DA NATO

PUBLICADO NO DIÁRIO DE NOTÍCIAS HÁ DOIS DIAS

 

O EXEMPLO DA NATO

 

Porque é que, nos tempos da guerra fria, a NATO nunca foi atacada pela União Soviética? Porque o artigo 5º estipulava que o ataque a uma nação da NATO equivalia a um ataque a todos os países que a constituíam.

Todos sabemos que o Euro foi atacado pelos especuladores. A Grécia e Portugal estão na linha da frente desse ataque porque eles sabiam da vulnerabilidade não só desses países, como da falta de um ordenamento jurídico que constituísse um mecanismo de solidariedade financeira de toda a zona Euro. Ora, o que agora os países da zona Euro fizeram, a mandado da Alemanha e da França, foi escudarem-se contra esses predadores sem vergonha, ao constituírem um fundo de 750 mil milhões de euros para acudir, se necessário, a qualquer país em situação de rotura financeira. Uma medida que devia estar presente logo à partida, na constituição da União Europeia. Mas vale mais tarde do que nunca.

No entanto, isso não nos inibe de obedecermos às regras impostas de redução do défice e de pormos em ordem as nossas contas públicas.

 

publicado por argon às 12:13
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O PARADIGMA INGLÊS

Cópia do artigo publicdo ontem pelo Diário de Notícias

 

MAS TENHO MAIS ARTIGOS PUBLICADOS RECENTEMENTE PELO MESMO JORNAL.

 

O PARADIGMA INGLÊS

 

Há países e países. Há países que, só sabem pedir os maiores sacrifícios aos mais pobres e há casos de países que arranjam outras soluções. Como é o caso da Inglaterra. Ora, reparem: o défice subiu de 2,8 por cento do PIB em 2007 para 4,9 por cento em 2008 e 11, 5 por cento em 2009, enquanto a dívida pública saltou de 44, 7 por cento do PIB em 2007, para 52% em 2008 e 68,1% em 2009.

Como é que o novo governo inglês empossado há pouco pensa reduzir a despesa? Aumentar a carga fiscal e descer salários, indo à receita, como faz o nosso governo? Nada disso: O novo governo inglês vai cortar despesas num montante de seis mil milhões de libras e acrescenta que cerca de 80% da redução do défice será obtida por essa via. Quer dizer, em vez de reduzir o défice à custa da receita, vai reduzir à custa da despesa. Reparem na percentagem: 80 por cento!

Daqui lanço um repto ao nosso ministro das finanças: que se desloque à Inglaterra e aprenda com ela a reduzir o nosso défice à custa da despesa e não, sacrificando os portugueses, à custa da receita, aparente malabarismo financeiro que qualquer dona de casa seria capaz de fazer, e mais, lançando mão de dinheiro alheio. E o governo inglês vai mais longe: vai reduzir os impostos sobre as empresas!

Quando o novo Secretário do Tesouro, David Laws, entrou no seu gabinete, encontrou uma carta na qual o seu antecessor, Liam Birne, escreveu: «caro secretário, lamento informá-lo que já não há dinheiro».

Se, por hipótese, Passos Coelho assumisse, por estes dias, as rédeas do nosso governo, Teixeira dos Santos seria capaz de lhe deixar uma carta assim, uma vez que isso representaria o estado actual das finanças públicas, segundo os economistas não comprometidos?

publicado por argon às 12:09
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Domingo, 9 de Maio de 2010

EXCEPÇÃO DE ESTADO - 2

 

 

A cronista do Diário de Notícias Fernanda Câncio publicou ontem uma crónica sobre a visita de Sua Santidade o Papa Bento XVI ao nosso país com o título «Estado de Excepção». Nela confessa, sem rebuço, um ódio visceral à Igreja Católica e insurge-se contra esta visita.

Devo notar, em abono da verdade, que ela se esquece que esta visita não é uma visita de Estado onde os nossos visitantes políticos se encontrem apenas, com os nossos governantes do mais alto grau, para tratarem de assuntos de Estado. Aqui, os cidadãos raramente são chamados e colaborar ou a participar e se tal acontece, nunca a nível tão abrangente.

No caso da visita do Papa, a coisa processa-se de modo diferente. Trata-se de uma visita aos seus habitantes, tendo como traço comum de união a fé religiosa, neste caso, a católica, que professam e que pretendem manifestar (mani-festar).

Todo o texto é um insulto não só ao Papa que menoriza e ridiculariza escrevendo «sua santidade» com minúscula, mas a todos os portugueses que, de boa fé, pretendem honrar a nossa tradição de bom acolhimento a personalidades que nos visitam, neste caso, não a título fugaz de visita de cortesia, mas com a missão de estreitar os laços religiosos dos portugueses, tendo como o centro de gravidade Fátima.

O vocabulário e as expressões que utiliza são do mais rasteiro e ignominioso que conceber se pode. Chama a este movimento ecuménico da visita uma histeria, movimento que denomina de festejo, dessacralizando o evento e, pelo contrário, apoucando-o, ao colocá-lo abaixo de qualquer evento profano, artístico ou futebolístico.

Denuncia este fervor (religioso e patriótico) que adjectiva como fervor compulsivo, desta facção mais ou menos religiosa.

Lastima as escolas fechadas e regista, supomos que muita mágoa, os filhos expulsos das escolas estatais e o acumular do lixo nas ruas, apelando ao seu aguçado faro ecológico.

Quantas crónicas escreveu a autora a denunciar estas duas anomalias, quando os sindicatos resolveram fazer uma greve de aderência plenária, durante vários dias?

Um pouco mais adiante, utiliza um vocabulário que fez história nos tempos do PREC – exijorecuso.

Por fim, vira-se contra a Diário de Notícias por ter alinhado neste absurdo, ao pretender cobrir noticiosamente o evento, no seu respeitável desvelo deontológico, como  auscultador privilegiado do pensar, do sentir e do agir de uma grande fatia de cidadãos deste país.

Artur Gonçalves, Sintra

publicado por argon às 19:07
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EXCEPÇÃO DE ESTADO - 1

Este texto é uma resposta à cronista do Diário de Notícias Fernanda Câncio.

Resolvi não o enviar para ser publicado no D. n. porque tenho a certeza que não o publicariam. Mas dou a conhecê-lo aos meus potenciais leitores.

O título da autora era:«ESTADO DE EXCEPÃO» - o meu é: « EXCEPÇÃO DE ESTADO».

 

Leio todos os dias o Diário de Notícias, o meu jornal de referência. Hoje, venho responder ao texto de Fernanda Câncio que ontem apareceu no mesmo jornal com o título «Estado de Excepção» sobre a próxima visita do Papa a Portugal.

Começa por arrasar a tolerância de ponto decretada pelo governo. Toda a crónica remete para um ódio visceral contra a Igreja Católica. Não poupa nas palavras e a adjectivação e as expressões que utiliza são totalmente exageradas, desproporcionadas e inadmissíveis.

 Repare-se:

. histeria confessional que assola o país – assim caracteriza os preparativos da visita;

. sua santidade, escrito com minúscula – forma depreciativa que nunca viu escrita assim;

. filhos expulsos das escolas estatais – referência bombástica ao fechamento das escolas (expulsos?!)

. lixo acumulado durante três dias – para dar mostras de zelo ecológico;

. a propalada maioria sociológica - dos católicos que ela não aceita e põe em dúvida;

. facção mais ou menos facciosa – refere-se à confissão religiosa católica; vide a tautologia; se é facção, tem de ser facciosa!

. denuncia o absudo – refere-se aos resistentes e opositores como ela;

. ao festejo – diz que há muitos católicos a protestar contra este - note-se a vileza e apoucamento com a palavra ‘festejo’ – a melhor definição que encontrou para caracterizar as cerimónias de recepção do Papa;

. Alinhando no fervor compulsivo reinante – refere-se ao Diário de Notícias que alinhou, como, aliás, toda a comunicação social, na cobertura jornalística deste magno evento;

. Como cidadã exijo – presunção, quem exige é porque tem força para alterara uma situação; palavra semanticamente exagerada que cheira a tempos do PREC;

. Recuso que me inscrevam em qualquer facção – ela ficará de fora por convicção ideológica.

Conclusão: Declara-se opositora à visita do Papa e a todos os portugueses que desejam prestar uma homenagem a Sua Santidade Bento XVI e mostrar a fidalguia das suas normas de conduta.

Se um sindicato decretasse vários dias de greve, - já tem acontecido, com adesão total, de certeza que não se oporia e não protestaria, não derramaria uma lágrima, nem escreveria nenhuma crónica protestativa no D. N. por as escolas estarem fechadas e por o lixo se acumular, nem invectivaria o D.N. se este alinhasse a favor das reivindicações dos sindicatos.

publicado por argon às 19:02
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Sexta-feira, 7 de Maio de 2010

A esquerda e a direita

Texto publicado no Diário de Notícias de ontem:

 

 

 

Tem-se dito, criticamente, que o governo de José Sócrates virou à direita. Quem o diz é a esquerda à esquerda do PS e alguma direita. Se assim fosse, diríamos que o PSD não teria hipótese de se apresentar ao eleitorado com a sua matriz ideológica e não teria hipóteses de vencer as próximas eleições. A verdade por inteiro é diferente. Há uma grande diferença entre o PS e o PSD. O PS, que se orgulha de ser de esquerda e não se cansa de o proclamar, tem como tendência, digamo-lo grosso modo, distribuir dinheiro e tudo aquilo que ele representa em bens e serviços. O PSD tem a preocupação programática de o ganhar. E é por isso que estes dois partidos do arco do governo, se revezam no exercício da governação. O PSD já tem dinheiro que aferrolha e não distribui? Pois é tempo, em eleições seguintes, de vir um partido, o PS, que o distribua e que disso faça a sua preocupação dominante, de forma a atender às preocupações e necessidades sociais. O erário público está esgotado ou em dificuldades de tesouraria? Pois venha lá o PSD para diminuir as aflições. Porque há outra grande diferença: o PS defende que quanto mais Estado, melhor; o PSD vira-se para a iniciativa privada. Com este PS, o Estado chegou a um estado avassalador, tentacular, uma espécie de teocracia – o Estado chega, está, em todo o lado. Quer que todos dele dependam. E já não falta muito, para mal deste pobre país!

Só há uma coisa em que ambos estão de acordo: na defesa dos mais ricos. Nisso, até este PS tem remado contra-natura. Que o digam os mais pobres.

Nesta perspectiva, estando nós com um muito grande endividamento externo e vendo o governo do PS a lançar-se nos grandes investimentos faraónicos, sem ter dinheiro, está-se mesmo a ver que o PSD não precisa de muito empenho, - basta não fazer asneiras,  para ganhar as próximas eleições. O facto de o PCP e o BE votarem a favor das grandes obras que o governo já anunciou e está nas vésperas de começar a concretizar, é para darem mostras de que também são de esquerda, embora saibam que o desemprego continuará a subir e a dívida pública sofrerá novo aumento. O que, aliás, pouco os preocupa, porque não está nos seus horizontes virem a ser governo, isto é, virem a ser responsabilizados.

Artur Gonçalves, Sintra  

publicado por argon às 17:21
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A verdade e a mentira

Este texto foi publicado pelo Diário de notícias na semana passada.

 

A Assembleia da República tem passado grande parte do seu tempo em inquéritos. Os mais mediáticos são os levados e efeito pela Comissão de Ética e o da Comissão de Inquérito ao caso PT/TVI.

 Ora, descendo bem ao fundo da questão, eu pergunto se é assim tão grave que um Primeiro-Ministro tenha mentido ao Parlamento. Um político que passa a vida a mentir a todos os portugueses. E tanto isto é verdade, que a oposição não acredita que ele tenha dito a verdade, mesmo que, por hipótese, ele não estivesse a mentir. Não vale a pena especificar, pois o rol é infindável, desde a quebra das promessas eleitorais, até ao esconder do défice, passando pelo optimismo com que apresenta, sempre, a situação económica do país. Isto é mais grave do que a mentira ao Parlamento.

Afinal, a mentira tem dado mais bons resultados aos seus defensores do que a verdade. Sócrates, diz-se, ganhou as eleições porque mentiu aos eleitores e Ferreira Leite tê-la-ia perdido por ter sido frontal e querer ser verdadeira. Sabemos que isto está errado, mas é assim a política.

Nesta ordem de ideias, que mal há em que o Primeiro-Ministro tenha mentido ao Parlamento? Qual foi o prejuízo? Que diferença haverá entre ele dizer a verdade e ter mentido, se sabemos que, no segundo caso, não aconteceria nada?

Se vier a provar-se que Sócrates mentiu, devia ser responsabilizado, não por ter mentido, mas porque, com a sua mentira, prejudicou o país economicamente. Tinha obrigação de dizer a verdade e isso, só lhe ficaria bem, embora ele talvez pense o contrário.

Mas a verdade é que, mesmo tendo dito a ‘sua’ verdade, a oposição e a maior parte do país não acredita, tal o estado de descrédito a que chegou, perante a opinião pública.

publicado por argon às 17:14
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UM PAÍS POBRE

UM PAÍS POBRE DE PESSOAS RICAS

ARGON

 

Portugal no passado (antes do 25 de Abril) era um país rico com pessoas pobres e tornou-se um país pobre de pessoas ricas porque, colectivamente, vivemos acima das nossas possibilidades.

Daniel Bessa, antigo ministro da economia

 

Estava há dias a falar com um amigo nova-iorquino que conhece bem Portugal.
Dizia-lhe eu, à boa maneira do “coitadinho” português:
- Sabes, nós os portugueses somos pobres ...
Esta foi a sua resposta:
Como podes tu dizer que são pobres, quando são capazes de pagar por um litro de gasolina, mais do triplo do que pago eu?
Quando se dão ao luxo de pagar tarifas de electricidade e de telemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA?
Como podes tu dizer que são pobres, quando pagam comissões bancárias por serviços e cartões de crédito o triplo que nós pagamos nos EUA?
Ou quando podem pagar por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares (8.320 €) e vocês pagam mais de 20.000 €, pelo mesmo carro? Podem dar mais de 11.640 € de presente ao vosso governo, do que nós ao nosso.
Nós é que somos pobres: por exemplo em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes, cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é, 6%, nada comparado com os 20% em Portugal. E contentes com estes 20%, pagam ainda impostos municipais.
Além disso, são vocês que têm " impostos de luxo" como são os impostos na gasolina e gás, álcool, cigarros, cerveja, vinhos etc, que faz com que esses produtos cheguem em certos casos até a 300 % do valor original, e outros como imposto sobre a renda, impostos nos salários, impostos sobre automóveis novos, sobre bens pessoais, sobre bens das empresas, de circulação automóvel.
Um Banco privado vai à falência e vocês, que não têm nada com isso, pagam outro, uma espécie de casino, o vosso Banco Privado vai à falência, e vocês protegem-no com o dinheiro que enviam para o Estado. E vocês pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal, um vencimento anual que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA...
Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e Bens pessoais mediante retenções, necessariamente tem de nadar na abundância, porque considera que os negócios da nação e de todos os seus habitantes sempre terão ganhos, apesar dos assaltos, do saque fiscal, da corrupção dos seus governantes e autarcas. Um país capaz de pagar salários irreais aos seus funcionários de estado e da iniciativa privada, tem que ser um país rico.
Os pobres somos nós, os que vivemos nos USA e que não pagamos impostos sobre a renda, se ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é, mais ou menos os vossos 2.080 €. Vocês podem pagar impostos do lixo, dos esgotos, sobre o consumo da água, do gás e electricidade. Pagam segurança privada nos Bancos, urbanizações municipais, enquanto nós, como somos pobres, nos conformamos com a segurança pública.
Vocês enviam os filhos para colégios privados, enquanto nós aqui nos EUA, as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos, prevendo que não os podemos comprar.

Vocês pagam aos deputados que residem fora de Lisboa viagens e ajudas de custo, de cada vez que se deslocam ao Parlamento. Têm, até, uma deputada por Lisboa, de luxo, que todas as semanas saca do Estado 6 mil €/mês em viagem de avião em executiva e mais ajudas de custo para chegar a Paris, onde reside e nós não podemos dar-nos a esse luxo, porque não podemos esbanjar recursos e, ao fim de dois mandatos, esta deputada fica com uma choruda reforma vitalícia.

Vocês têm, até, um gestor de uma empresa pública que ganha, por mês, 20 vezes mais do que o Presidente da República e no fim do ano ainda recebe vários milhões de euros de prémios.

Vocês são um país rico, porque só um país rico faz obras faraónicas, como o TGV para Madrid, a terceira ponte sobre o Tejo, um novo aeroporto e novas auto-estradas. Só num país rico pode acontecer, como entre vós, que haja centenas de reformados VIP a receberem dois e três subsídios milionários de aposentação e continuem no activo a ganhar somas milionárias. A lista, nomes e quantitativos é pública, veio na Internet.

No nosso país seria impensável haver uma televisão do Estado que obriga todos os consumidores de electricidade a pagar, todos os meses, um imposto para a TV, que esta receba por ano uns milhões de subsídio do Estado, tenha uma carteira de publicidade como as privadas e, no fim do ano, ainda dá prejuízo de milhões (o meu amigo, poderia ter acrescentado, citando Camões: diga lá, ó criatura, «que segredos são estes da natura»).

Onde está o sistema de poupança, próprio dos países pobres, num país que todos os anos compra frotas de carros de alta cilindrada para os seus ministros e altos funcionários do Estado e ainda recentemente o IEFP comprou 400 carros novos para os seus dirigentes?

Poderemos chamar pobre a um país em que o Estado dá todos os anos a empresas de consultadoria e a empresas de advogados, por estudos, milhões de euros, prescindindo dos seus advogados e peritos que tem como seus funcionários? E tanto vocês são um país rico, que até nem tendes uma justiça igual para todos: tendes uma justiça para pobres e outra para ricos: estes nunca chegam à barra dos tribunais. E, em questões de corrupção, se há tantos ladrões, é porque há muito para roubar. E boas ocasiões e ligações para roubar o Estado.

Vives num país onde impera este juízo aceite pela generalidade dos portugueses: «fugir aos impostos não é crime, é legítima defesa».

Tendes, até, o partido do Governo que tem uma legião de «boys» e de «girls» aos quais dá empregos milionários, em desfavor do resto dos cidadãos que pagam impostos, isto é, que lhes garantem o sustento.

Porventura, pode considerar-se pobre um país que tem no seu sistema de Ensino Superior 4.900 cursos a funcionar, como actualmente?

O Governo vai taxar as mais-valias, mas os grandes grupos económicos vão ficar isentos. Se assim é, é porque o Governo não precisa do dinheiro dos ricos.

Por outro lado, há um gestor de um banco em fase de bancarrota que está a ganhar 3 milhões/ano, Joe Berardo dixit.

Além disso, há uma grande quantidade de Fundações que vivem dos subsídios do Estado. Estado rico, já se vê!

A Assembleia da República comprou, para os seus serventuários superiores uma frota de carros topo de gama no valor de 900 mil € - a Internet disse e mostrou.

Moralidade da história: Portugal, se não fosse um país «rico» (na perspectiva do texto), seria um país rico.

*

O ZÉ PORTUGA

 

O PS apoiando Manuel Alegre para Presidente da República? Nunca uma campanha Alegre foi tão triste!

 

 

publicado por argon às 17:11
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