Ontem, estive agarrado à televisão a ver a chamada «Quadrtura do Círculo» na SIC . Marcavam presença José Pacheco Pereira, Lobo Xavier e António Costa, para quem não saiba, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa. O primeiro é do PSD, o segundo do CDS e o terceiro do PS. Dos três, aquele que não diverge da voz do dono é o António Costa. Os outros dois, quem os não conhecesse diria que são independentes. Porque não defendem o seu partido. Malham em tudo e todos. O Costa nunca diverge, defende sempre o seu partido, mesmo quando os outros dois o criticam.
Acontece que os antecessores de Costa, também do PS, comportavam-se sempre da mesma maneira – estavam sempre com o governo, com o seu programa, com a sua actuação, sem divergirem um milimetro. Ora, se eu fosse o dono da SIC, já tinha expulso do programa o Costinha. Porque está a fazer propaganda pelo seu partido – o que é inconcebível e de reprovar. Mas este é uma lapa: quer sempre tudo o que lhe aparece e que pode aproveitar. É um guloso, não lhe bastam as chatices da presidência da Câmara. Ele saíu do Governo não sei porquê, só para que o PS abichasse mais uma grande fatia de sobarania, o mando de Lisboa. É claro que no governo tinha menos chatices. Ele julgava que conseguia endireitar a Câmara, aliás, não foi para isso que ele avançou!
António Vitorino, militante do PS, chamo-o aqui por contraponto ao Marcelo Rebelo de Sousa. Ambos têm um programa: num canal de televisão. Vitorino responde a perguntas da Judite de Sousa. Marcelo monologa sobre o estado da Nação e outras ocorrências que venham a propósito São as duas intervenções diferentes no seu formato. Mas Vitorino está sempre em consonância com o chefe e o partido (PS). Marcelo é um grande crítico do seu partido a dá pancada em todos quando acha que tem razão. Porque é que os comentadores do PS nunca discordam das politicas do seu partido? Boa pergunta!
Eu não posso com esta gente que está sempre a dizer amen com o governo ou com os partidos.
Voltando a «Quadratura do Circo», perdão do «Círculo», por causa do caso Lopes da Mota e as pressões, os dois não PSs pareciam duas gatas assanhadas. E o Costa, sempre a favor do Mota, já se vê! Não tinha argumentos, mas teimava sempre na dele, como um teimoso e abcecado.
Assim vai a politica e os políticos!
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