A Assembleia da República tem passado grande parte do seu tempo em inquéritos. Os mais mediáticos são os levados e efeito pela Comissão de Ética e o da Comissão de Inquérito ao caso PT/TVI.
Ora, descendo bem ao fundo da questão, eu pergunto se é assim tão grave que um Primeiro-Ministro tenha mentido ao Parlamento. Um político que passa a vida a mentir a todos os portugueses. E tanto isto é verdade, que a oposição não acredita que ele tenha dito a verdade, mesmo que, por hipótese, ele não estivesse a mentir. Não vale a pena especificar, pois o rol é infindável, desde a quebra das promessas eleitorais, até ao esconder do défice, passando pelo optimismo com que apresenta, sempre, a situação económica do país. Isto é mais grave do que a mentira ao Parlamento.
Afinal, a mentira tem dado mais bons resultados aos seus defensores do que a verdade. Sócrates, diz-se, ganhou as eleições porque mentiu aos eleitores e Ferreira Leite tê-la-ia perdido por ter sido frontal e querer ser verdadeira. Sabemos que isto está errado, mas é assim a política.
Nesta ordem de ideias, que mal há em que o Primeiro-Ministro tenha mentido ao Parlamento? Qual foi o prejuízo? Que diferença haverá entre ele dizer a verdade e ter mentido, se sabemos que, no segundo caso, não aconteceria nada?
Se vier a provar-se que Sócrates mentiu, devia ser responsabilizado, não por ter mentido, mas porque, com a sua mentira, prejudicou o país economicamente. Tinha obrigação de dizer a verdade e isso, só lhe ficaria bem, embora ele talvez pense o contrário.
Mas a verdade é que, mesmo tendo dito a ‘sua’ verdade, a oposição e a maior parte do país não acredita, tal o estado de descrédito a que chegou, perante a opinião pública.
. BODAS DE OURO MATRIMONIAI...
. A GUERRA MODERNA POR OUTR...
. UM CONTRASTE CIONTRASTANT...
. AS CINQUENTA MEDIDAS - UM...
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