Uma das notícias que continua na berra é a do bónus escandaloso que a EDP resolveu atribuir ao Sr. Mexia. E o argumento mais invocado é aquele que diz que se trata de uma empresa em que o principal accionista é o Estado, e por isso, devemos protestar porque está na mão do Estado suprimir essas regalias. Só o que toda a gente esquece é que, se este dinheiro não for para ele, uma coisa é certa: nunca irá ter ao bolso do consumidor do produto de primeira necessidade de que a EDP tem o monopólio. Por isso, de que presta o protesto colectivo se esse dinheirame seria distribuído pelos accionistas se não fosse parar ao bolso do Mexia? Qualquer cidadão fica com o mesmo dinheiro no fim do mês, não dependendo isso do dinheiro que a EDP possa dar ou deixar de dar ao sr. Mexia.
Ele argumenta, para merecer tal compensação obscena, que ultrapassou os objectivos traçados. Mas, para isso, basta anunciar por baixo e cumprir por cima. Ninguém sabe quais eram os objectivos.
Mas o contribuinte ganharia alguma coisa se o sr. Mexia ou o Governo, atendendo aos lucros da empresa, descesse o tarifário aos consumidores da EDP, ou se os prémios e bónus fossem para um fundo de reserva para ajuda dos pobres deste país. Porque ter grandes lucros à custa dos consumidores por serem legião, não haver concorrência, ter o monopólio e determinar o preço do produto e dos serviços como quer, pré-fabricando os lucros, é muito fácil e não exige competência (só é preciso ser boy, ou cair nas boas graças do Governo), não merece elogios e muito menos distribuição de bónus.
Artur Gonçalves
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. AS CINQUENTA MEDIDAS - UM...
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