Sexta-feira, 20 de Janeiro de 2012

BODAS DE OURO MATRIMONIAIS

BODAS DE OURO MATRIMONIAIS DE ARTUR E ARLETTE

 

Foi no dia 6 de Agosto de 1961 que se casaram. Ele
tinha acabado a universidade e ela vivia sossegadamente na Baratã, um lugar
situado no concelho de Sintra, onde o pretendente encantado a foi desencantar
por um daqueles acasos da fortuna que, às vezes, traça caminhos que a razão não
compreende. Fez, portanto, no passado dia 6 de Agosto 50 anos e, por isso,
Arlette e Artur resolveram comemorar o acontecimento convidando familiares e um
grupo de amigos.

A
comemoração teve início com a Missa de Acção de Graças na Igreja Paroquial de
São José de Algueirão, às 12.00 horas. A mesma igreja em que tinham casado e
onde foram baptizados os seus quatro filhos. O acto litúrgico foi celebrado pelo
Padre Manuel Botelho, que apesar da saúde ainda fragilizada não quis faltar à
festa do seu amigo de juventude e conterrâneo, o «noivo», Artur Neto Gonçalves.
Na homilia, lembrou os tempos de um feliz e alegre companheirismo e recordou
alguns episódios cheios de esplendor juvenil, passados em Alfaiates, terra de onde
é também natural o homenageado.

Inicialmente,
estava previsto que a missa fosse igualmente celebrada pelo Padre António
Nabais, pároco de Sousel e director do jornal «Notícias de Sousel», periódico para
o qual Artur Gonçalves escreve regularmente uma crónica, faz precisamente neste
mês de Agosto seis anos. No entanto, tendo sofrido recentemente uma queda, e
apesar da enorme vontade em estar presente, o Sr. Padre Nabais não pôde
comparecer.

No
final da cerimónia, os convivas rumaram a um almoço de celebração, oferecido
pelos homenageados no Hotel Campo Real, em Torres Vedras, a
cerca de 40 Km de Lisboa. Trata-se de um hotel de luxo, de 5 estrelas, situado
num lugar privilegiado, fazendo parte de uma urbanização que pontua uma vasta
área de espaços verdes e de vegetação luxuriante, características que dão ao
local uma visão muito aprazível.

O
espaço acolhedor e a sua envolvente, a ementa escolhida e sobretudo o ambiente
humano, constituído por 80 convidados, que se viveu na tarde desse dia foram
assinalados, com enorme agrado, por todos os convidados. Durante o almoço e o
convívio, foi projectada uma sequência de fotografias da família, alusivas a
diferentes épocas e que retrataram muitos dos presentes. Nelas se puderam ver o
pai, a mãe e os filhos desde o berço até à idade adulta, bem como diversos
familiares e amigos.

Sobretudo
para as crianças, estava guardada uma surpresa especial. Dois animadores
contratados (que surgiram inicialmente disfarçados de empregados de mesa) deram
uma nota de alegria e animação a esta festa singular, introduzindo momentos de
humor e de brincadeira. No semblante dos homenageados podia ver-se a satisfação
sincera perante aquela moldura humana de convidados, que espelhava a sua gratidão
pelo facto de terem aceite o convite para se associar à comemoração das bodas
de ouro, ali celebradas.

Mas
a maior e mais simbólica surpresa estava guardada para mais tarde, com a
apresentação de uma prenda absolutamente singular (em todos os sentidos, como
veremos), que o «noivo» dedicava e oferecia à «noiva», contando para tal com a
ajuda dos seus filhos.

Foi
o próprio homenageado que nos contou a história dessa prenda. Nos dias que
antecederam o evento ele estava, de facto, com um problema: não sabia com o que
havia de presentear a esposa. Até que, após noites de insónia intermitente, uma
ideia brilhante surgiu no seu espírito: «Eureka!» - disse - «Já sei o que lhe
vou oferecer».

A
satisfação que teve pelo facto de encontrar a solução perfeita para a sua
angústia foi, contudo, «sol de pouca dura». É que colocar essa ideia em prática,
apenas com doze dias de antecedência, implicava um esforço enorme e, ainda por
cima, dependente da ajuda de terceiros (nomeadamente, a sabedoria e o tempo,
numa altura de férias, de um paginador, um impressor, um encadernador e um
dourador). Tudo indicava estar perante uma tarefa gigantesca, sobretudo tendo
em conta a aproximação vertiginosa do dia do evento.

A
prenda, como já se deixa adivinhar, consistia na publicação de um livro. E Artur
deita mãos à empreitada: contactou os profissionais anteriormente referidos,
que lhe garantiram a execução da obra a tempo de ser oferecida no dia 6 de
Agosto. E, realmente, assim aconteceu.

Para
espanto redobrado de todos os presentes, não se tratava apenas de um livro mas
sim de quatro. Quatro livros da autoria do homenageado, tantos quantos os
filhos do casal. Assim, cada um deles levou uma obra para oferecer à mãe. Por
ordem crescente de número de páginas (e de idade dos oferentes), a homenageada
recebeu os seguintes livros: da Susana, «As Histórias Que Eu Sei» (88 páginas);
da Teresa, «Vilirríssimo» (112 páginas); do Jorge, «Cartas Jornalísticas» (208
páginas, que resultam da colaboração nos jornais Público e Diário de Notícias);
e do João Paulo, a «Bíblia dos Pensatempos» (621 páginas), o livro mais volumoso.

Todos
os livros têm encadernação de luxo, em pele, e apenas o último, por especial
favor do dourador (em tempo de férias), tem o nome na lombada e o título na
capa em letras douradas. Mas os restantes verão as letras douradas em tempo
breve. Como facilmente se deduz, os livros não estão à venda, existindo apenas um
exemplar de cada, o que dá assim plena expressão à singularidade desta prenda.

Através
de uma cerimónia simbolicamente importante, e marcante, das suas vidas, cuja
realização muito deve ao empenho incansável dos filhos na sua preparação, Artur
e Arlette ofereceram um belíssimo dia a todos os presentes, deixando neles a
vontade de que o mesmo se repita, daqui a 10 anos, para a comemoração das bodas
de diamante.

 

Nuno
Serra

BODAS
DE OURO MATRIMONIAIS DE ARTUR E ARLETTE

Foi no dia 6 de Agosto de 1961 que se casaram. Ele
tinha acabado a universidade e ela vivia sossegadamente na Baratã, um lugar
situado no concelho de Sintra, onde o pretendente encantado a foi desencantar
por um daqueles acasos da fortuna que, às vezes, traça caminhos que a razão não
compreende. Fez, portanto, no passado dia 6 de Agosto 50 anos e, por isso,
Arlette e Artur resolveram comemorar o acontecimento convidando familiares e um
grupo de amigos.

A
comemoração teve início com a Missa de Acção de Graças na Igreja Paroquial de
São José de Algueirão, às 12.00 horas. A mesma igreja em que tinham casado e
onde foram baptizados os seus quatro filhos. O acto litúrgico foi celebrado pelo
Padre Manuel Botelho, que apesar da saúde ainda fragilizada não quis faltar à
festa do seu amigo de juventude e conterrâneo, o «noivo», Artur Neto Gonçalves.
Na homilia, lembrou os tempos de um feliz e alegre companheirismo e recordou
alguns episódios cheios de esplendor juvenil, passados em Alfaiates, terra de onde
é também natural o homenageado.

Inicialmente,
estava previsto que a missa fosse igualmente celebrada pelo Padre António
Nabais, pároco de Sousel e director do jornal «Notícias de Sousel», periódico para
o qual Artur Gonçalves escreve regularmente uma crónica, faz precisamente neste
mês de Agosto seis anos. No entanto, tendo sofrido recentemente uma queda, e
apesar da enorme vontade em estar presente, o Sr. Padre Nabais não pôde
comparecer.

No
final da cerimónia, os convivas rumaram a um almoço de celebração, oferecido
pelos homenageados no Hotel Campo Real, em Torres Vedras, a
cerca de 40 Km de Lisboa. Trata-se de um hotel de luxo, de 5 estrelas, situado
num lugar privilegiado, fazendo parte de uma urbanização que pontua uma vasta
área de espaços verdes e de vegetação luxuriante, características que dão ao
local uma visão muito aprazível.

O
espaço acolhedor e a sua envolvente, a ementa escolhida e sobretudo o ambiente
humano, constituído por 80 convidados, que se viveu na tarde desse dia foram
assinalados, com enorme agrado, por todos os convidados. Durante o almoço e o
convívio, foi projectada uma sequência de fotografias da família, alusivas a
diferentes épocas e que retrataram muitos dos presentes. Nelas se puderam ver o
pai, a mãe e os filhos desde o berço até à idade adulta, bem como diversos
familiares e amigos.

Sobretudo
para as crianças, estava guardada uma surpresa especial. Dois animadores
contratados (que surgiram inicialmente disfarçados de empregados de mesa) deram
uma nota de alegria e animação a esta festa singular, introduzindo momentos de
humor e de brincadeira. No semblante dos homenageados podia ver-se a satisfação
sincera perante aquela moldura humana de convidados, que espelhava a sua gratidão
pelo facto de terem aceite o convite para se associar à comemoração das bodas
de ouro, ali celebradas.

Mas
a maior e mais simbólica surpresa estava guardada para mais tarde, com a
apresentação de uma prenda absolutamente singular (em todos os sentidos, como
veremos), que o «noivo» dedicava e oferecia à «noiva», contando para tal com a
ajuda dos seus filhos.

Foi
o próprio homenageado que nos contou a história dessa prenda. Nos dias que
antecederam o evento ele estava, de facto, com um problema: não sabia com o que
havia de presentear a esposa. Até que, após noites de insónia intermitente, uma
ideia brilhante surgiu no seu espírito: «Eureka!» - disse - «Já sei o que lhe
vou oferecer».

A
satisfação que teve pelo facto de encontrar a solução perfeita para a sua
angústia foi, contudo, «sol de pouca dura». É que colocar essa ideia em prática,
apenas com doze dias de antecedência, implicava um esforço enorme e, ainda por
cima, dependente da ajuda de terceiros (nomeadamente, a sabedoria e o tempo,
numa altura de férias, de um paginador, um impressor, um encadernador e um
dourador). Tudo indicava estar perante uma tarefa gigantesca, sobretudo tendo
em conta a aproximação vertiginosa do dia do evento.

A
prenda, como já se deixa adivinhar, consistia na publicação de um livro. E Artur
deita mãos à empreitada: contactou os profissionais anteriormente referidos,
que lhe garantiram a execução da obra a tempo de ser oferecida no dia 6 de
Agosto. E, realmente, assim aconteceu.

Para
espanto redobrado de todos os presentes, não se tratava apenas de um livro mas
sim de quatro. Quatro livros da autoria do homenageado, tantos quantos os
filhos do casal. Assim, cada um deles levou uma obra para oferecer à mãe. Por
ordem crescente de número de páginas (e de idade dos oferentes), a homenageada
recebeu os seguintes livros: da Susana, «As Histórias Que Eu Sei» (88 páginas);
da Teresa, «Vilirríssimo» (112 páginas); do Jorge, «Cartas Jornalísticas» (208
páginas, que resultam da colaboração nos jornais Público e Diário de Notícias);
e do João Paulo, a «Bíblia dos Pensatempos» (621 páginas), o livro mais volumoso.

Todos
os livros têm encadernação de luxo, em pele, e apenas o último, por especial
favor do dourador (em tempo de férias), tem o nome na lombada e o título na
capa em letras douradas. Mas os restantes verão as letras douradas em tempo
breve. Como facilmente se deduz, os livros não estão à venda, existindo apenas um
exemplar de cada, o que dá assim plena expressão à singularidade desta prenda.

Através
de uma cerimónia simbolicamente importante, e marcante, das suas vidas, cuja
realização muito deve ao empenho incansável dos filhos na sua preparação, Artur
e Arlette ofereceram um belíssimo dia a todos os presentes, deixando neles a
vontade de que o mesmo se repita, daqui a 10 anos, para a comemoração das bodas
de diamante.

 

Nuno
Serra

 

publicado por argon às 18:36
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